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CEI deve pedir abertura de processo contra médicos que não trabalham

por Michelle Lemes publicado 30/10/2017 14h45, última modificação 30/10/2017 19h53

A Comissão Especial de Inquérito que investiga irregularidades na Saúde em Goiânia deve pedir à prefeitura a instalação de processo administrativo para apurar por que os três médicos escalados para trabalhar no Ciams do Novo Horizonte na manhã desta segunda-feira não estavam atendendo, apesar de receberem média de R$15 mil por mês, segundo o contrato firmado com o Município. A justificativa da diretora da unidade é que dois profissionais estão de atestado médico e um teria sido descredenciado.

Mas o relator da CEI, Elias Vaz (PSB), diz que a situação precisa ser apurada. “Nós encontramos vários pacientes sofrendo à espera de atendimento enquanto os médicos que ganham pra isso simplesmente não foram trabalhar. Esses pacientes são jogados de uma unidade pra outra e ainda saem sem ser atendidos”.

Durante a primeira diligência da CEI da Saúde, na manhã desta segunda-feira (30/10), os vereadores detectaram outros problemas graves. Faltam remédios, principalmente antibióticos e corticoides. A CEI também observou o descumprimento da lei municipal que determina a divulgação, na entrada da unidade, da escala de médicos de plantão.

“As pessoas muitas vezes sem condições percorrem diversas unidades de atendimento à saúde em Goiânia, sem sucesso. Quando conseguem agendar uma consulta, se deparam com unidades sem médicos. As pessoas estão morrendo nas filas aguardando atendimento, sem encaminhamento, e atendimentos adequados. É um crime e desrespeito com o cidadão que paga religiosamente seus impostos. Estamos falando de vidas. Não tem como esperar, é preciso que haja atitudes urgentes e corretas para solucionar esse caos da saúde”, diz Clécio Alves, presidente da CEI.

Os membros da Comissão ouviram o desabafo dos pacientes que aguardavam por atendimento. “Já passei por três unidades e vou embora sem ser atendido”, contou o mestre de obras José Gomes. O autônomo Arnaldo Bueno disse aos vereadores que aguarda desde ontem que a mãe seja transferida para a UTI, mas não há previsão. “Ela teve convulsões depois de bater a cabeça e ainda precisa colocar um marcapasso. O funcionamento do coração dela oscila até 23%”.

O caso do pai da costureira Ângela Maria é ainda mais intrigante. Ele até foi encaminhado para a UTI de um hospital de Goiânia, mas, ao chegar, foi mandado de volta ao Ciams. “Ele está com 74 anos, tem câncer no intestino, já teve derrames cinco vezes e infartou quatro e agora os rins estão paralisando”, afirmou Ângela.

A situação chamou a atenção dos vereadores, que investigam uma prática apontada por relatório da Secretaria Estadual de Saúde: hospitais só estariam aceitando nas UTIs pacientes com tratamento mais barato, o que aumentaria a margem de lucro. Hoje pela manhã havia 52 pacientes aguardando vaga de UTI, mas o número chegou a 106 no fim de semana.

Presidente da CEI, o vereador Clécio Alves salienta que as diligências serão realizadas semanalmente. “É uma forma de identificar os maiores problemas enfrentados pelos pacientes da rede pública de saúde na capital”. A próxima será na quarta-feira, às 7 horas, em local que será divulgado apenas no momento de saída dos vereadores. (Da Assessoria)

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