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Plenário aprova mudança de nome da Avenida Castelo Branco em homenagem a Iris Rezende

por Da Redação publicado 21/12/2021 15h32, última modificação 21/12/2021 15h32

A  Avenida Castelo Branco, uma das mais importantes da capital, está cada vez mais próxima de se transformar em Avenida Iris Rezende Machado. Nesta terça-feira, 21 de dezembro, o Plenário da Câmara aprovou projeto apresentado pelos vereadores Clécio Alves (MDB) e Marlon Teixeira (Cidadania) em homenagem ao líder emedebista, falecido em novembro passado.

“Na Alemanha não tem rua homenageando Hitler; no Iraque também não tem rua homenageando Saddam Hussein, mas aqui, em Goiânia, tem avenida homenageando o Golpe Militar. Está errado, não podemos normalizar absurdos como racismo, preconceito ou homenagens ao Golpe Militar”, destaca o vereador Marlon Teixeira, um dos autores da proposta. “Goiânia tem que evoluir e consertar erros do passado, tanto de gestão pública, quanto de homenagens. Devemos refletir sobre nossa história”, acrescenta.

Inicialmente, o objetivo era alterar o nome da Avenida Anhanguera para ‘Avenida Anhanguera Iris Rezende Machado’. O projeto foi assinado pela maioria dos vereadores, incluindo o presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota). O desejo de Clécio Alves - que é vice-presidente da Câmara - e também de Marlon, é que a iniciativa seja reconhecida como sendo de todo o Legislativo goianiense ao ex-prefeito e ex-presidente da Câmara de Goiânia Iris Rezende.

Trajetória de Iris

O ex-senador e ex-governador de Goiás Iris Rezende morreu na madrugada do dia 9 de novembro, em São Paulo, aos 87 anos, após mais de três meses internado por causa de um acidente vascular cerebral (AVC).

Iris Rezende Machado nasceu em Cristianópolis, em 22 de dezembro de 1933. Formado em Direito, começou a carreira política elegendo-se vereador em Goiânia pelo PTB, e presidiu a Câmara Municipal no seu primeiro mandato. Em seguida, foi eleito deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa e chegou a prefeito da capital em 1966, cargo que ocupou até ser cassado pela ditadura militar. Ingressou no MDB durante o regime militar.

Com o início da abertura política, foi eleito governador do Estado em 1982, mas entregou o mandato antes do fim para assumir o Ministério da Agricultura no governo de José Sarney. Chegou a disputar as prévias internas do MDB para a candidatura à presidência em 1989, perdendo a disputa para Ulysses Guimarães. Foi novamente eleito governador em 1990 e seguiu para o Senado quatro anos depois.

No Senado, Iris Rezende foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) entre 1995 e 1996, período no qual passaram pelo colegiado as reformas constitucionais para quebras de monopólios estatais sobre setores como as telecomunicações e o petróleo.

Em 1997, lançou-se candidato à presidência do Senado e recebeu 28 votos, contra 52 do eleito, Antônio Carlos Magalhães (BA). No mesmo ano, presidiu brevemente a Comissão de Infraestrutura, antes de ser nomeado ministro da Justiça, cargo que ocupou por um ano.

Iris disputou o Governo de Goiás mais três vezes — em 1998, 2010 e 2014 —, sem sucesso, e não obteve a reeleição ao Senado, disputada em 2002. Porém, venceu três eleições para a Prefeitura de Goiânia, em 2004, 2008 e 2016, tornando-se o mais longevo governante da capital goiana.

Em 2020, abriu mão da reeleição e anunciou sua aposentadoria da política.

Texto da assessoria de comunicação do vereador Marlon Teixeira, com informações da Agência Senado