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Em segundo dia de auditoria, iniciada após denúncia de Aava Santiago, DenaSUS encontra leitos fechados, cirurgias represadas e estrutura subutilizada na Maternidade Dona Íris

por Edição de notícias publicado 28/05/2025 09h50, última modificação 28/05/2025 15h59
Visitas às Maternidades Célia Câmara, Dona Íris e Nascer Cidadão revelam desassistência grave, corte de verbas sem justificativa técnica e colapso no atendimento materno-infantil
Em segundo dia de auditoria, iniciada após denúncia de Aava Santiago, DenaSUS encontra leitos fechados, cirurgias represadas e estrutura subutilizada na Maternidade Dona Íris

Foto: Assessoria da Vereadora

Teve início, na última segunda-feira (26), a fase presencial da auditoria federal conduzida pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS) nas principais maternidades públicas de Goiânia. A iniciativa foi motivada por denúncia formal da vereadora Aava Santiago (PSDB), que alertou o Ministério da Saúde para a crise instalada na rede de atenção materno-infantil da capital. As visitas técnicas foram acompanhadas pela parlamentar e pelo diretor do DenaSUS, Rafael Bruxellas.

As unidades vistoriadas até o momento foram a Maternidade Célia Câmara, na segunda-feira (26); e, nesta terça (27), a Maternidade Dona Íris e a Maternidade Nascer Cidadão – todas administradas pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). Nas três unidades, os auditores constataram leitos desativados; equipamentos parados por falta de manutenção; e cortes drásticos nos serviços, sem que houvesse plano de reorganização da rede ou estudo de impacto apresentado pela Prefeitura de Goiânia.

“Na Célia Câmara, encontramos uma ala inteira desativada. Leitos que antes estavam em funcionamento pleno hoje estão fechados, mesmo com demanda total. A unidade tem estrutura e equipamentos, mas está operando com metade da capacidade – sem explicação técnica apresentada pela Prefeitura”, relatou Aava.

A vereadora acionou o DenaSUS após cortes de cerca de 40% nos repasses municipais à Fundahc, realizados em dezembro, sem justificativa técnica. A direção da fundação afirmou que a decisão foi tomada sem estudo de impacto na rede e que, até o momento, não há plano de trabalho assinado. “A fundação continua executando os serviços, mas sem o financiamento necessário. Isso é insustentável, e por isso recorremos ao Ministério da Saúde para apuração técnica e isenta”, explicou a parlamentar.

Rafael Bruxellas, diretor do DenaSUS, confirmou que a auditoria vai apurar a aplicação dos recursos federais transferidos ao município. “Estamos analisando se há desvio de finalidade ou uso inadequado dos recursos. Havendo irregularidades, pode haver responsabilização e devolução de verbas”, disse.

Na Maternidade Dona Íris, um dos principais pontos de referência para gestantes no estado, os auditores verificaram a interdição completa de um corredor, desde janeiro, após infiltrações e curto-circuito. Equipamentos de alta qualidade estão parados por falta de manutenção, e há entre 500 e 700 cirurgias eletivas represadas nos últimos oito meses.

“O mais grave é que a Prefeitura afirma que outras maternidades vão absorver a demanda da Célia Câmara, mas a Dona Íris nem sequer consegue dá conta da própria demanda. Encontramos, inclusive, cardápio sem carne e legumes para mulheres no pós-parto, por falta de verba suficiente. É um cenário dramático, e é por isso que essa auditoria precisa avançar com seriedade”, declarou Aava.

Durante a visita à Nascer Cidadão, a equipe do DenaSUS deu continuidade à coleta de informações técnicas para subsidiar o relatório de auditoria. A unidade também passa por problemas estruturais e operacionais semelhantes, agravados pela redução no orçamento e pela falta de planejamento da administração municipal.

Segundo Bruxellas, a auditoria seguirá três fases: definição do escopo e coleta de dados; escuta dos órgãos auditados; e elaboração de relatório técnico. “Mesmo antes da conclusão, o processo já gera efeitos. Unidades que estavam inertes começaram a se movimentar e a apresentar planos de trabalho. Nosso compromisso é garantir que os recursos públicos sejam aplicados de forma responsável e que o direito à saúde das mulheres e das crianças seja respeitado em Goiânia”, concluiu.

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