Após retirada de fonte pela Prefeitura, CCJ aprova Parque da Lagoa como roteiro turístico e cultural em Goiânia
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Goiânia aprovou, nesta quarta-feira (1º), projeto de lei (PL 424/2025) que inclui o Parque Municipal da Lagoa nos guias e nos roteiros turísticos e culturais oficiais da capital.
Segundo o autor, vereador Luan Alves (MDB), a proposta visa à preservação do parque como patrimônio da cidade e ao combate a ações de desvalorização do espaço público. “Enquanto presidente da Amma, nós instalamos uma fonte luminosa muito bonita no Parque da Lagoa, que infelizmente foi retirada há poucos dias pela atual gestão para ser levada ao Vaca Brava. Isso, para mim, é uma irresponsabilidade com o dinheiro público, porque não resolve o problema, apenas transfere. Nosso intuito é valorizar e preservar esse espaço, que é um dos mais belos da cidade”, afirmou Luan Alves, que já presidiu a Agência Municipal do Meio Ambiente.
O vereador Lucas Kitão (União Brasil) elogiou a iniciativa e ressaltou a importância do parque para o esporte e para o lazer dos goianienses. “Eu frequento o Parque da Lagoa e lembro a transformação que ocorreu quando Vossa Excelência presidiu a Amma. Hoje, é um atrativo turístico para a prática esportiva, praticamente dentro da cidade. Precisamos fortalecer esses pontos de preservação e garantir manutenção adequada das nascentes e das áreas verdes em Goiânia”, declarou.
Na mesma linha, a vereadora Kátia Maria (PT) relacionou a proposta ao enfrentamento das mudanças climáticas e ao conceito de turismo sustentável. “Incluir nossos parques no roteiro turístico e fortalecer o turismo ecológico não apenas garante lazer à população, mas também nos ajuda a enfrentar a crise climática. Goiânia precisa se apropriar de soluções como jardins de chuva e cidade-esponja, porque não é a grama sintética que vai nos salvar do aquecimento global. O turismo ecológico é uma fonte de economia limpa que gera arranjos sustentáveis”, defendeu.
A vereadora Doutora Rose Cruvinel (União Brasil) também parabenizou o autor e criticou a retirada da fonte do Parque da Lagoa. “Se não valorizarmos o patrimônio que ainda temos, a população ficará cada vez mais desprovida de lazer. Foi um equívoco a mudança dessa estrutura. Não se pode puxar o lençol de um para cobrir outro. Precisamos ampliar e cuidar dos espaços já existentes”, argumentou.
Em resposta, Luan Alves reforçou que a democratização do acesso aos parques é um dos objetivos centrais da proposta. “Nem todos têm o privilégio de morar em condomínio fechado e de dispor de áreas de lazer privadas. É papel do poder público garantir espaços de convivência, de esporte e de contato com a natureza para todos. O Parque da Lagoa cumpre esse papel e deve ser protegido”, concluiu.
O projeto segue para primeira votação em Plenário.