Aava Santiago cobra explicações sobre falhas na Saúde Municipal de Goiânia
A prestação de contas da Saúde Municipal de Goiânia, realizada nessa quinta-feira (25), na Câmara, trouxe questionamentos contundentes da vereadora Aava Santiago (PSDB). Durante apresentação do secretário Luiz Pellizzer sobre o relatório de janeiro a agosto de 2025, a parlamentar denunciou o desabastecimento de insumos; a falta de licitações para reformas em unidades; e o contrato emergencial firmado com a Sociedade Beneficente São José para gerir a Maternidade Célia Câmara, mesmo após parecer técnico da própria Prefeitura apontar inexequibilidade nos valores propostos.
Aava destacou que, embora contratos vigentes desde fevereiro somem cerca de R$ 6 milhões, além de aditivos emergenciais de R$ 350 mil, medicamentos básicos seguem em falta. “Estamos falando de insumos que garantem o mínimo: que uma pessoa não morra de dor. É inaceitável que a população esteja sofrendo um desabastecimento crônico com tantos contratos assinados e com tanto dinheiro empenhado”, afirmou.
A parlamentar também criticou a ausência de licitações para manutenção e para reformas. “A primeira pergunta que precisa ser respondida é: quando será feita a licitação? Não existe nenhuma até agora, e isso deixa unidades sucateadas e sem perspectiva de melhoria”, cobrou.
Sobre a Maternidade Célia Câmara, a vereadora ressaltou que o contrato emergencial foi firmado sem plano de trabalho publicado e contra parecer da gerência de compras. “Não estamos falando apenas de orçamento, mas de mães e de recém-nascidos. A própria gestão de compras disse que o contrato não tinha condições de garantir o atendimento. Ainda assim, a Prefeitura seguiu adiante. É grave e precisa ser esclarecido”, alertou.
No início de sua intervenção, Aava ainda criticou a intenção da gestão municipal em usar o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), do governo estadual, como modelo. “Uma obra de R$ 2 bilhões sem licitação não pode servir de inspiração para Goiânia. Ainda mais quando vivemos uma calamidade prorrogada na saúde. Precisamos de exemplos de gestão eficiente; não de projetos superfaturados”, concluiu.












