Em audiência na Câmara, prefeito Sandro Mabel presta contas do 2º quadrimestre de sua gestão
Dados revelam cenário de reequilíbrio financeiro nas contas do Município, em relação ao fim de 2024
Acompanhado de seu secretariado, o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) prestou contas de sua gestão à Comissão Mista da Câmara de Goiânia, referentes ao segundo quadrimestre de 2025.
De maio a agosto, a receita do Município ultrapassou R$ 6,6 bilhões – alta de 6,61% em relação ao mesmo período de 2024, descontada a inflação.
Já a despesa no segundo quadrimestre ficou em R$ 5,9 bilhões – queda de 10,57% na comparação com o mesmo período do ano passado, desconsiderando a inflação.
A prestação de contas revela cenário de reequilíbrio financeiro em relação ao fim de 2024. Pelos dados consolidados de janeiro a agosto deste ano, o superávit chega a R$ 716 milhões. Desconsiderando pagamento de juros, amortização da dívida e receitas e despesas com previdência, o resultado primário totaliza R$ 678 milhões – o melhor registrado nos últimos anos.
Os gastos com pessoal representam 46,35% da receita corrente líquida, abaixo do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Segundo a prestação de contas, o Município atingiu, na saúde pública, o percentual mínimo de aplicação sobre a receita total. Foi aplicado o percentual de 20,76%, enquanto o mínimo constitucional exigido é de 15%.
Já na educação, os recursos ficaram abaixo do exigido. Foi aplicado o percentual de 20,06%, enquanto a Constituição determina aplicação de, pelo menos, 25%.
Nos primeiros oito meses de administração, a Prefeitura também pagou R$ 276 milhões em dívidas deixadas pela gestão anterior. Segundo Mabel, o foco será na continuidade do pagamento de débitos, sem deixar investimentos de lado.
Vereadores
A vereadora Aava Santiago (PSDB) criticou a existência de calamidade pública no Município, já que há registro de superávit financeiro.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Bessa (DC), respondeu às críticas. Segundo ele, o decreto de calamidade representa um dos fatores para obtenção de superávit no segundo quadrimestre.
Já os vereadores Coronel Urzêda (PL) e Cabo Senna (PRD) reclamaram da saída do prefeito antes do fim da audiência. Mabel deixou o Plenário, encarregando o secretário da Fazenda de responder aos questionamentos de parlamentares.
Para o presidente da Câmara, vereador Romário Policarpo (PRD), não há necessidade da presença do prefeito durante toda a sessão, já que algumas questões devem ser respondidas pela área técnica da Prefeitura.