Biografias das honrarias
Aldaíza Maia da Silva Viana
Aldaíza Maia da Silva Viana nasceu em Cachoeira Alta/GO, em 7 de setembro de 1959. Ainda jovem ingressou na vida religiosa, até os 25 anos, atuando em atividades de assistência para crianças, adolescentes e famílias carentes.
Já morando em Goiânia, no Jardim Nova Esperança, a professora Aldaíza fundou, em 1984, o Centro de Educação Comunitária de Meninas e Meninos (CECOM), em convênio com a Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Posteriormente, ela coordenou a Pastoral do Menor da Arquidiocese de Goiânia. Participou ativamente da coleta de assinaturas para emendas populares que foram apresentadas à Assembleia Nacional Constituinte, à Assembleia Estadual Constituinte e à Assembleia Municipal da Lei Orgânica do município de Goiânia.
No final da década de 1980, Aldaíza Maia participou, em Brasília, de seminários, congressos, reuniões e simpósios, para a redação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Também participou dos Encontros Nacionais de Meninos e Meninas de Rua. Em 1992, foi a primeira presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Entre 1997 e 1998, ela integrou a equipe técnica da Comissão Especial de Inquérito sobre a Prostituição Infantojuvenil, da Câmara Municipal de Goiânia.
Aldaíza Maia da Silva Viana faleceu, em 2003, aos 43 anos, em Goiânia.
Ana Néri
Ana Justina Ferreira Néri nasceu no dia 13 de dezembro de 1814, em Vila de Cachoeira do Paraguaçu, Bahia. Casou-se aos 23 anos com Isidoro Antônio Néri, capitão de fragata da Marinha, mas, ficou viúva, aos 29 anos. Ela teve três filhos, que criou sozinha.
Ana Néri foi pioneira da enfermagem no Brasil. Prestou serviços voluntários nos hospitais militares de Assunção, Corrientes e Humaitá, durante a Guerra do Paraguai. Em 1865, o Brasil integrou a Tríplice Aliança, que lutou na Guerra do Paraguai e os filhos dela foram convocados para lutar no campo de batalha. Ana escreveu uma carta ao presidente da província, oferecendo seus serviços de enfermeira, o que foi aceito.
No final da guerra, em 1870, Ana Néri voltou ao Brasil com quatro órfãos de guerra que resgatou para criar. Foi condecorada com as medalhas de prata Humanitária e da Campanha. Recebeu, do imperador Dom Pedro II, por decreto, uma pensão vitalícia com a qual educou sua família.
Ana Néri faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de maio de 1880, data em que se comemora o Dia do Enfermeiro.
Antônio Almeida
Antônio Almeida nasceu em Rio Verde, Goiás, no dia 16 de janeiro de 1951 e teve uma infância morando na zona rural, onde despertou sua vontade de conhecer sempre mais e melhor as coisas que o rodeavam.
Ao chegar à Goiânia, a família de Antônio adquiriu uma máquina para beneficiamento de arroz e começou a vender o produto na capital e região, mas, apesar dos esforços, o negócio durou pouco tempo, obrigando o jovem a tomar novo rumo. Depois de mais uma curta temporada no campo, Antônio Almeida e os irmãos partiram em busca de novos horizontes e se mudaram para São Paulo.
Com a morte do seu irmão mais novo, Antônio Almeida retornou a Goiânia, para recomeçar uma nova etapa em sua vida, junto com seus outros irmãos, iniciando um novo negócio no ramo gráfico. Um dos irmãos conseguiu comprar a máquina do ex-patrão e nasceu a gráfica Pirâmide, que mais tarde tornou-se a Gráfica e Editora Kelps.
Líder classista, Almeida foi eleito vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas.
Antônio Almeida foi um mecenas da literatura goiana. A Editora Kelps alavancou a publicação de escritores locais no mercado nacional, sempre realizando eventos e promovendo ações no sentido de projetar a literatura e a poesia goiana no cenário nacional. A qualidade gráfica de suas publicações também chegou ao exterior e a Kelps realizou trabalhos para diversos países europeus.
Antônio Almeida morreu no dia 21 de agosto de 2020, aos 69 anos.
Antônio Gonçalves Pereira dos Santos
Antônio Gonçalves Pereira dos Santos nasceu em Pedro II, Piauí, de onde saiu aos 19 anos, passou a morar em Goiânia para buscar por melhoria de vida e trabalhou como servente de pedreiro, antes de ingressar no curso de direito da Universidade Federal de Goiás.
Integrante da Polícia Civil do Estado de Goiás desde 1969, como investigador, Antônio Gonçalves tornou-se delegado em 1982. Em 2002, ele ficou mais conhecido por trabalhar no caso Pedrinho, sequestrado em Brasília/DF e reencontrado 16 anos depois. Antônio Gonçalves também tentou candidatura a deputado estadual e de Delegado-geral da Polícia Civil, mas chegou ao cargo de Superintendente da Polícia Judiciária.
Antônio Gonçalves dos Santos faleceu no dia 8 de maio de 2012, aos 64 anos, em um trágico acidente aéreo no município de Piranhas, em Goiás, quando um helicóptero caiu matando todos os seus tripulantes e passageiros.
Attílio Correa Lima
Attílio Corrêa Lima, nasceu em Roma, Itália, no dia 8 de abril de 1901. Ele ingressou como aluno livre nos cursos de escultura, pintura, gravura e arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro, em 1919, matriculando-se como aluno regular do curso de arquitetura em 1920, formando-se em 1925. Em 1926, Attilio recebeu a medalha de ouro e o prêmio de viagem ao exterior no Salão Nacional de Belas Artes (SNBA), e embarcou para Paris no início de 1927, ano em que ingressa no Instituto de Urbanismo da Universidade de Paris, formando-se em 1930, com a tese prefaciada por seu orientador, o urbanista francês Henri Prost (1874-1959).
De volta ao Rio de Janeiro, em 1931, Atíllio assumiu a direção da cadeira de Urbanismo, criada na modernização do ensino no ano anterior. E, 1932, foi convidado pelo interventor federal de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira, a realizar o Plano Urbanístico da Nova Capital do Estado, Goiânia. Em 1935, afasta-se do projeto por julgar que a empreiteira Coimbra Bueno, responsável pela obra, esteja comprometida com interesses especulativos do mercado imobiliário.
Attilio Corrêa Lima faleceu no dia 27 de agosto de 1943, no Rio de Janeiro, deixando em Goiânia as marcas da sua visão moderna e arrojada de arquitetura, expressa nas construções inspiradas na Art Déco.
Avenir Soares Bernardes
Avenir Soares Bernardes, nasceu em Vargem Bonita, Minas Gerais, no dia 11 de outubro de 1954, filho de Joaquim José Roque e Alvarinda Aparecida Roque e mudou-se para o município de Quirinópolis, Goiás, em 1972, onde se estabeleceu e construiu uma trajetória notável ao lado de seus pais.
Sua atuação mais proeminente foi como presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Quirinópolis (CONSEG), onde exerceu papel fundamental na promoção da ordem pública e da segurança dos cidadãos. Além disso, Avenir integrou o Conselho Deliberativo do PADEQ II (Programa de Aceleração e Desenvolvimento de Quirinópolis).
Avenir Soares Bernardes faleceu em 10 de setembro de 2021.
Batista Custódio
Batista Custódio dos Santos nasceu em Caiapônia/GO, em 9 de abril de 1935. Filho de Octanilia Romana dos Santos e Antônio Custódio dos Santos foi criado em uma fazenda, onde conviveu com viajantes e tropeiros. Foi coroinha na igreja local e conheceu padres republicanos espanhóis, expulsos pelo Regime de Franco, dos quais recebeu ensinamentos com uma visão humanista no campo político e despertou seu senso crítico.
Em 1943, ainda jovem, Batista Custódio presenciou um acontecimento histórico em Caiapônia, onde pousaram aviões DC-3, da Força Aérea Brasileira, que faziam parte da Expedição Roncador-Xingu, operação integrante da Marcha para o Oeste implementada pelo então presidente da República Getúlio Vargas.
Batista Custódio mudou-se para Goiânia, para completar seus estudos e participou ativamente do movimento estudantil e morando em uma república de estudantes, na qual dividia quarto com Iris Rezende Machado. Em 1956, aos 21 anos, formou-se técnico de agrimensura, na área de topografia e fundou seu primeiro jornal, chamado A Luneta.
Em 1959, Batista Custódio fundou o jornal Cinco de Março e, em 12 de março de 1980, o Diário da Manhã, veículos de comunicação de importância histórica, pela contribuição para as lutas democráticas e para a liberdade de expressão.
Batista teve seis filhos e foi casado com Vanda Ribeiro, com a ativista feminista Consuelo Nasser e com Marly Almeida.
O jornalista Batista Custódio dos Santos faleceu no dia 24 de novembro de 2023, aos 88 anos, deixando um legado imprescindível para a história de Goiás.
Campineiro Licardino de Oliveira Ney
Licardino de Oliveira Ney, nasceu em São Gotardo/MG, no dia 26 de maio de 1885. Filho de Manoel Antônio de Oliveira e Maria Inácia de Oliveira. Em 1895, veio com os pais para Barro Preto, atual Trindade, onde fez os primeiros estudos. Em 1908 mudou-se para Campinas, então município autônomo.
No ano de 1931, Licardino Oliveira Ney foi nomeado prefeito de Campinas, permanecendo no cargo até 1935, data em que Campinas passa a ser bairro da nova capital. Em 15 de outubro de 1936, foi eleito vereador por Goiânia, exercendo seu mandato até o dia 10 de novembro de 1937, quando o "golpe de Estado", imposto pelo então presidente Getúlio Vargas, fechou as portas dos legislativos de todo o País.
Licardino foi o primeiro presidente da Associação Comercial de Goiás (ACG), que mais tarde se tornou a Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), no ano de 1937.
Licardino de Oliveira Ney faleceu no dia 04 de agosto de 1975.
Cientista Marie Curie
Maria Salomea Skłodowska nasceu na Varsóvia (Polônia) no dia 7 de novembro de 1867 e era a filha caçula de cinco irmãos. Sua infância foi difícil, pois, ficou órfã de mãe quando tinha apenas 10 anos. Influenciada por seu pai, que era professor de física e de matemática, ela seguiu seus estudos. Primeiramente numa universidade clandestina na Polônia, depois continuou também de forma autônoma.
Mais tarde, Maria foi para a França, com o intuito de entrar na Universidade de Paris, onde graduou-se em física e matemática. Para custear seus estudos trabalhava como governanta e professora. Quando se graduou, para prosseguir suas investigações, a cientista precisava de um laboratório e um amigo, em 1894, a apresenta a Pierre Curie, físico renomado, com quem ela compartilhou sua vida e o amor pela ciência.
Em 1903, Marie Curie recebeu o Prêmio Nobel de Física, juntamente com seu marido e com Henri Becquerel, pelas descobertas obtidas no campo das radiações. Nesse mesmo ano, ela doutora-se em ciências. Em 1906, Pierre Curie morreu e Marie ocupou o seu lugar, lecionando Física Geral na prestigiada Universidade da Sorbonne, a primeira mulher a fazê-lo. Em 1911, Marie ganhou o Prêmio Nobel da Química por ter descoberto os novos elementos químicos: o rádio e o polônio.
Em 1914, ela funda o Instituto Curie, em Paris, visando investigar as aplicações médicas do rádio em doentes oncológicos. Na Primeira Guerra Mundial, criou unidades móveis de radiografia para diagnósticos em soldados feridos. Com sua filha Irène ia aos hospitais convencer aos médicos a utilizarem o seu invento para salvar vidas dos combatentes.
Vítima de leucemia, adquirida em decorrência da exposição à radioatividade, Marie Curie morreu, com 66 anos, no dia 4 de julho de 1934, em Passy (comuna francesa). Ao longo da sua vida, ela escreveu o livro Radioactivité, publicado postumamente, que continua a ser usado no estudo da matéria.
Consuelo Nasser
Consuelo Nasser, nascida em Caiapônia, Goiás, no dia 28 de dezembro de 1938, filha de Gabriel Nasser e Oswalda dos Santos Nasser. Em 1943, com a doença do pai, Consuelo, aos cinco anos de idade, foi morar em Uberlândia, Minas Gerais, com seus tios. Em 1945, Consuelo Nasser foi morar com sua tia Maria, no Rio de Janeiro, e passou a estudar em regime de internato, no Colégio São Marcelo. Em 1946, Consuelo mudou-se para Goiânia, para morar do seu seu tio Alfredo Nasser, que era senador.
Terminados os estudos regulares, em 1956, Consuelo Nasser retornou ao Rio de Janeiro e prestou vestibular na Faculdade Nacional de Direito (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro), aos 17 anos, e ficou na então capital brasileira até a sua formatura, em 1960.
Em 1962, Consuelo voltou para Goiânia e passou a morar com Batista Custódio, por 19 anos, até se casarem no dia 12 de setembro de 1981. Consuelo e Batista Custódio tiveram nove filhos.
Consuelo ajudou a fundar os jornais Cinco de Março, Diário da Manhã, a Folha de Goyaz e a revista Presença. Em outubro de 1988, recebeu o título de Cidadã Goianiense, concedido pela Câmara Municipal de Goiânia.
Com o suicídio do seu filho Fábio Nasser, Consuelo, não suportando a dor da perda e a saudade, também pôs fim à própria, no dia 20 de agosto de 2002, aos 63 anos de idade.
Cora Coralina
Ana Lins dos Guimarães Peixoto nasceu na cidade de Goiás, no Estado de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889, filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e de Jacinta Luísa do Couto Brandão. Ela começou a escrever poemas e contos quando tinha 14 anos, chegando a publicá-los em 1908. Em 1910, seu conto "Tragédia na Roça" foi publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", usando o pseudônimo de Cora Coralina.
Em 1911, Cora Coralina fugiu com o advogado divorciado Cantídio Tolentino Bretas, indo morar em Jaboticabal, São Paulo. Em 1934, depois da morte do marido, tornou-se doceira para sustentar os quatro filhos e se dizia mais doceira do que escritora.
Em 1936, Cora mudou-se para Andradina, onde começou a escrever para o jornal da cidade e, após 45 anos, resolveu voltar para sua cidade natal. Em 1965, com 75 anos, ela publicou o seu primeiro livro: "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais".
Em 1970, Cora tomou posse na Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. Em 1976, lançou seu segundo livro "Meu Livro de Cordel". O interesse do grande público foi despertado graças aos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980.
Cora Coralina teve a sua obra foi reconhecida e agraciada com o título de Doutor Honoris Causa da UFG. Em 1983, ela recebeu o "Prêmio Juca Pato" da União Brasileira dos Escritores como intelectual do ano, com o livro “Vintém de Cobre: Meias Confissões de Aninha”. Em 1984, Cora foi nomeada para a Academia Goiana de Letras.
Cora Coralina faleceu em Goiânia, no dia 10 de abril de 1985.
Coronel Guilherme Paraense
Guilherme Paraense nasceu em Belém, Pará, no dia 25 de junho de 1884. Aos 5 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a frequentar a Escola Militar. No final da década de 1910, ele sagrou-se campeão brasileiro e Sulamericano na modalidade tiro com revólver. Em 1914, foi um dos fundadores do Revólver Clube, no Rio de Janeiro.
O Brasil fez sua estreia em Jogos Olímpicos, na Antuérpia, Bélgica. Mesmo com revólveres especialmente fabricados para a competição, Paraense preferiu usar a própria arma e conquistou a medalha de ouro em 3 de agosto de 1920 e, em equipe a medalha de bronze na pistola 50 metros.
Além do ouro olímpico, Paraense colecionou diversos títulos, entre eles seis Brasileiros (1913, 1914, 1915, 1918, 1922 e 1927) e o Sulamericano de 1922.
No início da década de 1930, Guilherme abandonou o esporte e participou da Revolução. Em 1941, chegou ao posto de Tenente Coronel, transferindo-se em seguida para a reserva.
Guilherme Paraense morreu em 18 de abril de 1968, aos 83 anos.
Darci Accorsi
Darci Accorsi nasceu no dia 13 de junho de 1945, em Nova Prata, no Rio Grande do Sul, filho de Antônio Accorsi e Maria Elena Agostini Accorsi. Ele graduou-se em Filosofia, pela Universidade Federal de Caxias do Sul e mudou-se para Goiás em 1972, quando começou a lecionar na rede municipal de Itapuranga e, logo depois, na Universidade Federal de Goiás e na Universidade Católica de Goiás.
Darci Accorsi foi fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) em Goiás e candidato a prefeito de Goiânia em 1985, perdendo a eleição por poucos votos. Disputou o governo Goiás em 1986, ficando em terceiro lugar. Após isso, foi eleito vereador em Goiânia em 1988, deputado estadual em 1990 e prefeito de Goiânia em 1992.
Durante sua gestão, Accorsi lidou com divergências com os membros do PT e deixou a legenda ao final do mandato. Como prefeito, criou o "Orçamento Participativo", conhecido por "Goiânia Viva", e o projeto Cidadão 2000, que prestava assistência social a crianças e jovens de baixa renda.
Após passar pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Darci Accorsi se filiou ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), onde disputou os cargos de deputado estadual em 1998 e 2002 e prefeito de Goiânia em 2000. Migrou ao Partido Liberal (PL), pelo qual concorreu na eleição para prefeito de 2004.
Darci foi presidente da Indústria Química do Estado de Goiás (IQUEGO) e, em 2006, se candidatou novamente a deputado estadual. Em 2009 retornou ao PT.
Darci Accorsi faleceu em 20 de novembro de 2014, aos 69 anos, em Goiânia.
Deputado Constituinte Antônio de Jesus Dias
Antônio de Jesus Dias nasceu em Anápolis, Goiás, no dia 28 de janeiro de 1942, filho de Teófilo Passos Dias e Aurelina César de Jesus. Ele foi radialista, psicólogo, pastor evangélico e político.
Em 1978, candidatou-se a deputado estadual pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional), sem obter sucesso. Com o fim do bipartidarismo, em 1979, filiou-se ao PDS (Partido Democrático Social) e, em seguida, foi para o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). Assumiu a direção da Fundação do Bem-Estar do Menor (FEBEM), em 1984.
Nas eleições de 1986, Antônio de Jesus foi deputado federal constituinte pelo PMDB. Nas principais pautas propostas no período, ele se mostrou favorável ao rompimento diplomático com países que detinham políticas raciais descriminatórias. Em 1990, novamente pelo PMDB, pleiteou a reeleição para deputado federal, mas ficou na suplência. Assumiu, como suplente, o mandato de deputado federal, na Legislatura 1991-1995, de 18 de março de 1991 a 25 de maio de 1993, em virtude do licenciamento do Deputado Naphtali Alves de Souza. Antônio votou a favor da abertura do processo de impeachment contra o ex-presidente Fernando Collor de Melo. Nas eleições de 1998, tentou uma nova eleição para deputado federal, porém sem sucesso.
Antônio de Jesus Dias faleceu no dia 3 de setembro de 2020, em Goiânia, aos 78 anos.
Djalma Rezende
Djalma Rezende nasceu em Minas Gerais, no dia 31 de julho de 1953 e, após concluir o ensino médio, decidiu estudar Direito na Universidade Federal de Minas Gerais, onde destacou-se como um aluno dedicado e talentoso, o que lhe rendeu uma bolsa de estudos para uma universidade estadunidense.
Após concluir a faculdade de Direito, Djalma Rezende começou a trabalhar em um escritório de advocacia em Belo Horizonte, mantendo contato com casos importantes e aprendendo com advogados experientes, tonando-se sócio do escritório e líder da equipe de advogados.
Djalma participou de cursos, palestras e eventos na área do Direito, além disso, buscou entender as necessidades de seus clientes.
O advogado Djalma Rezende faleceu no dia 1º de janeiro de 2023, em Goiânia.
Dom Fernando
Fernando Gomes dos Santos nasceu em Patos, Paraíba, no dia 4 de abril de 1910. Aos 11 anos de idade, entrou para o Seminário Arquidiocesano da Paraíba, onde iniciou os estudos teológicos, concluídos em 1932 no Colégio Pioamericano, em Roma.
De volta ao Brasil, foi enviado à cidade de Cajazeiras, na Paraíba, município onde ele também começou sua jornada na educação, como diretor do Colégio Diocesano. No ano de 1936, retornou a Patos e foi nomeado vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Guia, onde foi reconhecido pela Igreja Católica, com o título de Monsenhor, aos 31 anos de idade.
Em 1943, antes de completar 33 anos, Fernando Gomes dos Santos foi alçado ao episcopado. Em 1952, ele foi um dos fundadores da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Em 1957, Dom Fernando desembarcou na capital de Goiás e assumiu como primeiro arcebispo da Arquidiocese de Goiânia, nomeado pelo Papa Pio XII.
Com a construção de Brasília, em 1957, fundou paróquias, como a São João Bosco, no Núcleo Bandeirantes e a de Santa Cruz, nos canteiros de obras do Plano Piloto. Ele celebrou uma grande missa campal na inauguração do Palácio da Alvorada, no dia 30 de junho de 1958.
Em Goiás, Dom Fernando deu sequência à sua luta pela promoção da educação, quando reuniu os bispos de Arquidiocese e, em setembro de 1959, criou a Universidade Católica de Goiás. No ano seguinte, ele organizou a Sociedade Goiana de Cultura (SGC).
Dom Fernando Gomes dos Santos morreu no dia 1º de junho de 1985.
Dom Tomás Balduíno
Paulo Balduíno de Sousa Décio nasceu em Posse, Goiás, no dia 31 de dezembro de 1922, filho do goiano José Balduino de Sousa Décio e da paulista Felicidade de Sousa Ortiz. Até os cinco anos de idade viveu em Posse. Depois a família migrou para Formosa, onde seu pai se tornou promotor público e se aposentou como juiz.
Ao se tornar religioso dominicano recebeu o nome de Frei Tomás, como era costume. Em 1950, lecionou filosofia em Uberaba. Em 1951 foi transferido para Juiz de Fora como vice-reitor da então Escola Apostólica Dominicana e lecionou filosofia, na Faculdade de Filosofia da cidade.
Em 1957, foi nomeado superior da missão dos dominicanos da Prelazia de Conceição do Araguaia, estado do Pará e, para desenvolver um trabalho mais eficaz junto aos índios, fez mestrado em Antropologia e Linguística na UNB, que concluiu em 1965.
Frei Tomás fez o curso de piloto de aviação e foi presenteado com um teco-teco com o qual prestou inestimável serviço, sobretudo no apoio e articulação dos povos indígenas. Também ajudou a salvar pessoas perseguidas pela Ditadura Militar.
Em 1965, ano em que terminou o Concílio Ecumênico Vaticano II, foi nomeado Prelado de Conceição do Araguaia. Em 1967, foi nomeado bispo diocesano da Cidade de Goiás, onde permaneceu durante 31 anos, até 1999 quando, ao completar 75 anos, apresentou sua renúncia e mudou-se para Goiânia.
Dom Tomás Balduíno faleceu no dia 2 de maio de 2014, aos 91 anos, em Goiânia.
Doutor Amyn José Daher
Amyn José Daher nasceu no Líbano, vindo para Goiás quando criança. Estudou no Rio de Janeiro na Faculdade de Medicina Fluminense, desde os 24 anos, onde se formou. Vindo para Goiás, o Doutor Amyn estabeleceu-se primeiro em Ipameri e, posteriormente, em Piracanjuba.
Amyn José Daher era conhecido como “Pai dos Pobres” por praticar a medicina comunitária, deixando um grande legado para a comunidade goiana.
Elias Bufaiçal
Elias Bufaiçal nasceu em Ipameri, Goiás, no dia 24 de agosto de 1922. Foi um grande empresário do ramo imobiliário, atuando em Goiânia desde 1950, quando fundou a Imobiliária Faiçal. Ele presidiu a Associação Comercial e, em 1980, a Federação do Comércio de Goiás, por 24 anos. Elias foi membro da Confederação Nacional do Comércio, ministro do Tribunal Superior do Trabalho e responsável pela expansão do Sesc e do Senac pelo interior goiano.
Em 1948 foi fundado o Sindicato de Corretores de Imóveis de Goiás e Elias assumiu sua presidência de 1956 a 1960. Ele foi um visionário empreendedor imobiliário em Goiânia e deixou um legado de contribuição para o desenvolvimento sustentável da cidade.
Com o apoio do jornalista Alírio Afonso de Oliveira, Elias Bufaiçal definiu as denominações de centenas de ruas, avenidas e alamedas, em seus vários loteamentos, receberam nomes em homenagem a jornalistas, radialistas, escritores e membros de organizações culturais.
Elias Bufaiçal faleceu no dia 24 de fevereiro de 2007, em Goiânia.
Elísio Gonzaga
Elísio Gonzaga nasceu em Bela Vista de Goiás e, aos nove anos, veio com a família para Goiânia. O pai dele, Clarimundo Monteiro da Silva, foi um dos primeiros servidores públicos municipais da jovem Goiânia. Elísio foi servidor público municipal por 36 anos, auditor-fiscal da Prefeitura de Goiânia e presidente da Associação dos Auditores de Tributos do Fisco Municipal de Goiânia, por 15 anos. Ele também foi presidente da Associação dos Funcionários da Prefeitura de Goiânia.
Como presidente da Cooperativa Habitacional dos Servidores Civis no Estado de Goiás, lutou pela construção de diversos conjuntos e residenciais para abrigar servidores públicos de Goiânia.
Sua atuação permitiu a implantação do Código do Consumidor, sete meses depois da sua sanção, em 1990. Superintendente do Procon/GO, foi denominado o Xerife Cidadão.
Elísio Gonzaga da Silva, morreu no dia 18 de janeiro de 2023, aos 79 anos, em Goiânia.
Francisco Januário da Gama Cerqueira
Francisco Januário da Gama Cerqueira nasceu em São João del-Rei, Minas Gerais, no dia 3 de janeiro de 1827 e formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1854. Ele foi deputado geral, presidente da província de Goiás (1857) e oficial-maior da Secretaria de Estado dos Negócios do Império.
Francisco Januário assumiu a pasta da Justiça durante o terceiro gabinete do Duque de Caxias (1877), destacando-se por sua oposição à Lei do Ventre Livre.
Francisco Januário da Gama Cerqueira morreu em São José de Além Paraíba, Minas Gerais, em 1889.
Felix Augusto Perillo
Félix Augusto Perillo nasceu no dia 10 de setembro de 1905, em Vila Boa (atual Cidade de Goiás), então capital do Estado, filho de Antônio Perillo e Maria Augusta de Carvalho Perillo. Ele formou-se na turma de 1928 da Escola de Pharmácia e Odontologia de Goiás.
Félix fundou, em 1930, numa sociedade com seu primo Eurico Perillo, também farmacêutico, uma farmácia na Cidade de Goiás. Em 1940, mudou-se para Goiânia e estabeleceu com farmácia à Avenida 24 de Outubro, em Campinas, já bairro da nova Capital.
Félix Augusto continuou sua saga, a partir de 1950, com a Drogaria e Farmácia Goiânia Associadas, em sociedade com Átila Jardim. Ele foi responsável pela Drogafarma Ltda, entre 1974 e 1980 e diretor do Laboratório Central da Osego em 1976.
Geovane Silva Fonseca
Geovane Silva Fonseca ingressou na Polícia Militar do Estado de Goiás aos 19 anos, em 1987. Ao término de sua formação, foi lotado no 1º Subgrupamento de Busca e Salvamento, já que, naquela época, o Corpo de Bombeiros não era um órgão autônomo, estando subordinado à Polícia Militar.
Durante seu trabalho, desenvolveu grande apreço pelas atividades de bombeiro e fez a opção de permanecer na corporação, quando essa se tornou um órgão autônomo em 1990. Em 1992, o Soldado Fonseca concluiu o curso de Mergulho Autônomo do Corpo de Bombeiros Militar, passando a compor grupo de mergulhadores de resgate da corporação.
Mesmo com toda experiência e conhecimento, no dia 17 de novembro de 2000, com 13 anos de serviços prestados, dos quais oito anos como mergulhador de resgate, Geovane José Fonseca recebeu a missão de mergulhar na Usina Hidrelétrica Rochedo, município de Piracanjuba, onde foi surpreendido com uma forte correnteza que o arrastou para o fundo de uma caverna, com oito metros de profundidade, de onde não conseguiu sair com vida. Ele morreu aos 32 anos de idade.
Gercina Borges Teixeira
Gercina Borges Teixeira nasceu em Rio Verde, Goiás, aos 26 de agosto de 1900, filha de Antônio Martins Borges e Maria Conceição Borges Antônio. Formou-se normalista em 1917, em Franca, São Paulo e, aos 18 anos, conheceu e casou-se com Pedro Ludovico Teixeira, com quem teve seis filhos.
Em 1936, Gercina Borges Teixeira iniciou seus trabalhos assistenciais, primeiro como presidente da Comissão de Donativos da Congregação São Vicente de Paulo, posteriormente como diretora do Conselho Estadual de Assistência Social. A partir de julho de 1942, com a criação da Comissão Estadual da Legião Brasileira de Assistência (LBA), foi nomeada sua Presidente, cargo que exerceu de 1942 a 1945 e de 1951 a 1961.
Gercina Borges foi primeira-dama do Estado por dezenove anos e participou da fundação da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Creche Casa da Criança, Asilo São Vicente de Paula e as diversas campanhas beneficentes. Também foi fundadora da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG).
Gercina Borges Teixeira faleceu em 22 de novembro de 1976, aos 76 anos.
Hailé Selaissé de Goiás Pinheiro
Hailé Selassié de Goiás Pinheiro nasceu em Itaberaí, Goiás, no dia 13 de junho de 1936, filho de Edmundo Pinheiro de Abreu e Anádia Pinheiro. Em 1953, a família veio morar em Goiânia e Hailé chegou a tentar a carreira de jogador de futebol, atuando pelo time do Goiânia Esporte Clube.
Hailé Pinheiro era dono de uma loja de autopeças em Goiânia quando, aos 26 anos, no dia 5 de junho de 1963, tornou-se dirigente esportivo, a convite de um primo, e foi escolhido presidente do Goiás Esporte Clube, acumulando o cargo com a presidência do Conselho Deliberativo. Como o Goiás ainda era uma agremiação com dificuldades financeiras, ele promoveu a rifa de um automóvel Aero Willys e um show com a cantora Elizeth Cardoso, visando a arrecadação de recursos para a manutenção e os custos para deslocamentos do time, que tinha poucos torcedores à época.
Hailé é considerado um dos maiores responsáveis pelo crescimento e estrutura do Goiás Esporte Cube, sendo responsável pela construção do Centro de Treinamento e do estádio da Serrinha, que hoje leva seu nome.
Hailé Selassié de Goiás Pinheiro morreu aos 86 anos, no dia 7 de setembro de 2022, em Goiânia.
Herbert de Souza (Betinho)
Herbert José de Souza, nasceu no dia 03 de novembro de 1935, na cidade de Bocaiúva, em Minas Gerais e é popularmente conhecido como Betinho, foi um homem de grande atuação em trabalhos sociais no Brasil. Formado em Sociologia e Política de Administração Pública pela Universidade de Minas Gerais, ergueu a bandeira da transformação social.
Após o golpe militar de 1964, Betinho exerceu incansável luta contra a ditadura, atuando em organizações para combater o regime político implantado, motivo pelo qual foi exilado, indo morar em vários países como Chile, Canadá e México. Somente em 1979 pode retornar ao Brasil.
Um de seus principais projetos foi a criação do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), de caráter governamental, que tem como finalidade analisar as realidades sociais, econômicas e políticas do país.
Em 1993 fundou a Ação da Cidadania, programa de luta pela vida e contra a miséria, combatendo a fome e o desemprego através da democratização da terra.
Betinho era portador de hemofilia e morreu, no dia 09 de agosto de 1997, devido à contaminação pelo vírus HIV, contraído numa transfusão.
Honestino Guimarães
Honestino Monteiro Guimarães, nascido em Itaberaí, Goiás, no dia 28 de março de 1947, mudou-se com sua família para Brasília em 1960, ano da inauguração da nova capital. Começou a militar no movimento estudantil e filiou-se à Ação Popular (AP). Em pouco tempo, tornou-se presidente do Diretório Acadêmico de Geologia da Universidade de Brasília.
Em 1966, um ano após ingressar na Universidade, foi preso pela primeira vez. Voltou a ser preso em 1967 e, enquanto estava detido, foi eleito presidente da Federação dos Estudantes da Universidade de Brasília (FEUB). Um ano depois, Honestino Guimarães voltou à prisão e passou a ser alvo de constantes perseguições políticas.
Foi preso em 29 de agosto de 1968 pelas forças de segurança que invadiram o campus da Universidade de Brasília. Menos de um mês depois, Honestino Guimarães seria expulso da Universidade em decorrência de sua atuação política.
Após a decretação do AI-5, em dezembro de 1968, Honestino saiu de Brasília e passou a viver na clandestinidade em São Paulo. Entre 1969 e 1971, ele viveu na capital paulista, desempenhando, ao mesmo tempo, atividades de dirigente da UNE e militante da AP. No final de 1971, transferiu-se para o Rio de Janeiro.
Aos 26 anos de idade, Honestino foi preso por agentes do Centro de Informações da Marinha (Cenimar), no dia 10 de outubro de 1973 e, desde então, permanece desaparecido. Apesar dos esforços da família, as autoridades militares se negaram a fornecer mais informações sobre seu paradeiro.
Idevandir Antônio da Silva
Idevandir Antônio da Silva era sargento da Polícia Militar do Estado de Goiás, lembrado pelos relevantes serviços prestados à corporação e à comunidade goiana ao longo de 27 anos. Mesmo estando de folga, o sargento reagiu a um assalto a uma agência lotérica e tentou imobilizar o criminoso, que, infelizmente, conseguiu tirar a arma da mão do policial e efetuou disparos que o atingiram no abdômem, pescoço e ombro. Ele não sobreviveu aos ferimentos e faleceu, aos 46 anos, no dia 18 de maio de 2015, em Goiânia.
Iris Resende Machado
Iris Rezende Machado nasceu em Cristianópolis, Goiás, no dia 22 de dezembro de 1933. Aos 16 anos, Iris iniciava sua vida política, por meio de movimento estudantil e disputou sua primeira eleição para vereador por Goiânia pelo PTB (1959-1962). Conclui o curso de Direito em 1960 e, logo adiante, tomou posse como Presidente da Câmara Municipal (1961-1962).
Iris foi eleito deputado estadual (1963-1967) e presidente da Assembleia (1964-1965). Com o fim dos partidos políticos, decretado pelo regime militar, Iris Rezende ingressou no Movimento Democrático Brasileiro (MDB), pelo qual foi eleito prefeito de Goiânia pela primeira vez (1965). Em 17 de outubro de 1969, com base no AI-5, teve seu mandato cassado e também todos os seus direitos políticos suspensos por 10 anos pela Junta Militar que governava o País.
Iris Resende, afastado da vida pública, durante esse período, trabalho como agropecuarista e advogado. Com a redemocratização e abertura política, teve seus direitos políticos restabelecidos (1979) e, abolido o bipartidarismo, ingressa no PMDB, o sucessor do MDB.
Depois do fim da ditadura militar, Iris Resende foi eleito, pelo PMDB, governador de Goiás (1983-1987). Em 1986, afastou-se do cargo para assumir o Ministério da Agricultura, do governo do presidente José Sarney. Em 1990, Iris foi eleito, novamente pelo PMDB, governador de Goiás (1991-1995).
Em 1994, Iris Resende deixou o governo de Goiás para concorrer ao Senado Federal e foi eleito (1994-2001). Licenciou-se em 1997, para assumir o Ministério da Justiça, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, mas, deixou o Ministério para disputar o governo de Goiás, nas eleições de 1998. Derrotado, reassumiu seu mandato no Senado, onde ficou até 2003. Em 2016, Iris torna-se, pela quarta vez, prefeito de Goiânia. Em dezembro de 2020, Iris Resende fez um discurso de despedida encerrando oficialmente, sua carreira política, depois de mais de 60 anos na vida pública.
Iris Rezende Machado faleceu em 09 de novembro de 2021, por complicações decorrentes de um AVC que sofreu em agosto de 2021 e está sepultado no Cemitério Santana, em Goiânia.
Jerônimo José Batista
Jerônimo José Batista nasceu no município de Panamá, Goiás, no dia 18 de setembro de 1953. Sua vocação começou a aflorar quando ele trabalhava na empresa de Expresso Santa Cruz, em Goiatuba. Transferido para Anápolis e, logo, a Viação Anapolina comprou a pequena empresa e Jerônimo foi promovido a administrador, quando sentiu a necessidade de se aperfeiçoar, decidindo-se a entrar na Faculdade de Direito, onde optou pela área trabalhista.
Jerônimo Batista foi um dos advogados trabalhistas mais respeitado do Estado e atuante na Justiça Trabalhista.
José Bonifácio
José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu em 13 de junho de 1763 em Santos, São Paulo, estudou Ciências Naturais e Direito em Coimbra, Portugal, onde também foi professor universitário. Após percorrer por dez anos várias regiões da Europa, retornou para Portugal e em 1800 recebeu o título de doutor em Filosofia, destacando-se também como geólogo e metalurgista, quando fundou a primeira cátedra de metalurgia lusitana. Tornando-se intendente-geral das minas de Portugal, assumiu cargos de relevância, passando a chefiar a polícia do Porto, após a expulsão dos franceses que haviam invadido Portugal, em 1807, durante a expansão napoleônica.
José Bonifácio participou do início do movimento de Independência, mesmo tendo influenciado D. Pedro. Ele foi presidente da junta governativa de São Paulo (1821) e posteriormente assessor e ministro de D. Pedro. Seu liberalismo porém, limitava-se ao discurso ou a alguma literatura que produziu sobre a necessidade de abolição gradual da escravidão.
Em junho de 1823, José Bonifácio foi frontalmente contrariado pelo monarca, que assinou um decreto anistiando revoltosos inimigos dos Andradas.
Na oposição Bonifácio passou a combater tenazmente o governo de D. Pedro, não somente na Assembleia, mas sobretudo no Tamoio, jornal que fundou em agosto de 1823. Com a dissolução da Constituinte, José Bonifácio, seus irmãos e alguns partidários, foram deportados para Europa.
De volta ao Brasil, reaproximou-se de D. Pedro I, que após abdicar ao trono, indicou-o como tutor de seu filho (futuro D. Pedro II). Suspeito de participar da conspiração que pretendia restaurar D. Pedro I, foi acusado de crime político e preso em 1833, sendo julgado e absolvido por unanimidade.
José Bonifácio de Andrada faleceu no dia 6 de abril de 1838, em Niterói.
José Dias Nunes (Tião Carreiro, o Rei da Viola)
José Dias Nunes, conhecido nacionalmente como Tião Carreiro, nasceu no dia 13 de dezembro de 1934, em Monte Azul, norte de Minas Gerais, filho de lavradores, morou com a família nas regiões de Rebentão, Monte Azul e Catuti até os 10 anos.
Os dotes musicais de Tião Carreiro já eram notados desde os 8 anos de idade, quando José dedilhava no cabo da enxada e tentava tirar notas de um elástico pregado em uma madeira. Apesar de nunca ter ido à escola, ele tinha o sonho de ler e escrever, o que aprendeu sozinho, folheando jornais velhos e foi assim que se alfabetizou, juntando letras e frases. Da mesma maneira, foi autodidata no aprendizado da música na viola, observando e juntando acordes e notas.
Aos dezesseis anos, tomou uma decisão que marcaria sua vida: decidiu deixar o trabalho no campo e se aventurar em outros mundos, em uma nova profissão e conseguiu emprego de garçom no restaurante do Hotel do Manoel Padeiro, onde, nas horas vagas, cantava músicas populares e sambas da época. Formou dupla com o primo Valdomiro e se apresentavam no circo Giglio, com os nomes de Zezinho e Lenço Verde. Também formou outras duplas: Palmeirinha e Coqueirinho, Palmeirinha e Tietezinho e Zé Mineiro e Tietezinho.
José Dias conheceu Pardinho, seu principal companheiro, no circo Rapa Rapa, na cidade de Pirajuí/SP. Pardinho era ajudante braçal e cantava nas horas de folga. Passaram a cantar juntos com os nomes de Zé Mineiro e Pardinho. Dois anos depois, mudaram-se para São Paulo, onde foram apresentados a Teddy Vieira, compositor e diretor sertanejo. Foi nessa época que Teddy Vieira batizou o então Zé Mineiro de Tião Carreiro, nome artístico com o qual José Dias não se simpatizou de imediato, mas que acabou concordando em utilizar.
José Dias Nunes, o Tião Carreiro, faleceu dia 15 de outubro de 1993 e foi sepultado no cemitério da Lapa, onde foi construído um memorial em sua homenagem.
Júlio Vilela
Júlio César Vilela nasceu no dia 22 de agosto de 1961, em São Paulo/SP. Além de ator e produtor cultural, ele também realizava curadorias de festivais e trabalhava como agente de viagens. A partir destes contatos diversos, Júlio mantinha parceria com jornais impressos , televisivos e empresas de Goiânia, com o objetivo de divulgar e ampliar o trabalho do seu grupo, visto que a profissão de ator e apresentador, não eram suficiente para dar-lhe estabilidade financeira.
Júlio Vilela também trabalhou como apresentador de televisão, à frente do programa Suprassumo, da TV Goiânia (afiliada da TV Cultura), durante o período de 2002 a 2003, com seu humor irreverente, trazendo dicas de moda e entrevistas com personalidades goianienses.
O artista foi reconhecido pela Secretaria de Cultura do Município de Goiânia e na Secretaria de Educação e Cultura do Governo de Estado de Goiás, recebendo várias homenagens e honras ao mérito pela atuação e fomento cultural no Estado.
O espetáculo Jú Onze e 24, que ficou em cartaz por mais de 15 anos em Goiânia, de 1991 a 2006, foi concebido por Júlio Vilela, visando a dar visibilidade às identidades sexuais que rompem com a expectativa de gênero, fato este que tende a colocar tais sujeitos sob um mesmo rótulo.
Júlio César Vila faleceu em São Paulo, no dia 17 de junho de 2006.
Leolídio di Ramos Caiado
Leolídio di Ramos Caiado, nasceu no dia 27 de junho de 1921, na Cidade de Goiás, filho de Leão di Ramos Caiado e Ilídia Maria Perillo Caiado. Leolídio começou seus estudos na antiga capital do Estado e, em 1932, continuou sua instrução no Ginásio Arquidiocesano Anchieta de Bonfim, atual Silvânia. Em 1934, voltou para a Cidade de Goiás e ingressou no Lyceu de Goiás. Em 1941 matriculou-se no Curso Agrícola Bethlem, preparando-se para o vestibular em Realengo, Rio de Janeiro, cursando no ano seguinte a Escola Preparatória de Cadetes, em Fortaleza, Ceará.
No biênio 1943-44, cursou a Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, tornando-se piloto-aviador internacional no Aero Club de Manguinhos, diplomado pela Federation Aéronautique Internationale.
No ano de 1945, iniciou sua vida de sertanista e ambientalista, ao integrar uma expedição de levantamento topográfico do Vale do Rio Tapirapés, convidado pelo Marechal Cândido Rondon, visando estudos geológicos, botânicos, zoológicos e etnográficos para a conclusão da Carta Geográfica de Mato Grosso.
A partir de 1946, fez o curso Preparatório Luiz Pasteur e concluiu o curso científico no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1947, iniciou seus estudos preparatórios na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro e transferiu-se para Goiânia, onde ingressou na Faculdade de Direito de Goiás, que posteriormente viria a integrar a Universidade Federal de Goias, pela qual se formou.
Leolídio passou a atuar em defesa do meio ambiente no ano de 1948, contratado pelo então governador Jerônimo Coimbra Bueno para o Serviço de Caça e Pesca, a fim de fiscalizar a destruição causada por caçadores e pescadores no Vale do Araguaia.
Leolídio di Ramos Caiado faleceu no dia 12 de junho de 2008, pouco antes de do seu aniversário de 87 anos.
Luiz Alberto Maguito Vilela
Luiz Alberto Vilela nasceu no dia 24 de janeiro de 1949, em Jataí, Goiás, filho de Joaquim Morais Vilela e de Nazime Martins Vilela. Aos 17 anos, arriscou-se na carreira de jogador de futebol e atuou profissionalmente pela esquipe da Jataiense Futebol Clube, quando ganhou o apelido de Maguito, por ser magrinho. Aos 25, formou-se em direito na Faculdade de Direito de Anápolis. Em 1976, entrou para a política, elegendo-se vereador por Jataí, pela Aliança Renovadora Nacional (Arena).
Em 1979, Maguito Vilela deixou a Arena e filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1982, foi eleito deputado estadual e, em 1986, a deputado federal constituinte por Goiás.
Em 1990, Maguito tornou-se vice-governador de Goiás na chapa encabeçada por Iris Resende. Em 1994, candidatou-se a governador e, com apoio do correligionário e elegeu-se no segundo turno.
Em 1998, Maguito Vilela candidatou-se e venceu a eleição para o Senado. Em 2007, foi nomeado vice-presidente do Banco do Brasil e em 2008, foi eleito prefeito de Aparecida de Goiânia, cargo para o qual foi reeleito em 2012.
Luiz Alberto Maguito Vilela morreu no dia 13 de janeiro de 2021, aos 71 anos.
Luiz Antônio Flamínio de Souza
Luiz Antônio Flamínio de Souza ingressou na Polícia Rodoviária Federal no dia 08 de abril de 1959, fazendo parte da primeira turma da PRF em Goiás, composta por 15 policiais. Iniciou suas atividades em Anápolis, Goiás, na primeira Unidade Operacional, que fazia parte do 12º Distrito Policial Rodoviário. Depois, trabalhou em Morrinhos e Jataí, patrulhando o Sudoeste goiano até 1984, quando encerrou sua honrosa carreira.
O policial Rodoviário Federal Luiz Antônio Flamínio de Souza chefiou o Núcleo 12-1, em Anápolis, na década de 1960 e o Núcleo 12-3, em Jataí, na década de 1970, participando, ainda, como membro da Comissão de Sindicância da PRF.
Manoel dos Reis Machado (Mestre Bimba)
Manoel dos Reis Machado nasceu no Engenho Velho de Brotas, em Salvador, no dia 23 de novembro de 1899. O apelido Bimba é fruto de uma aposta entre sua mãe e a parteira. Na iniciação à capoeira, aos 12 anos, seu primeiro mestre foi o africano Bentinho, capitão da Companhia de Navegação Baiana.
Aos 18 anos, Manoel começou a dar aulas e, aos 27 anos, já era conhecido como Mestre Bimba. Além de capoeirista, foi carvoeiro, trapicheiro, carpinteiro e trabalhou em docas. Em 1928, Mestre Bimba criou a Regional, que é o batuque misturado com a Angola.
Em 1932, Mestre Bimba fundou sua primeira academia no bairro do Engenho Velho de Brotas. Essa foi, oficialmente, a primeira academia de capoeira a ter um alvará de funcionamento, datado de 1937. A capoeira foi oficializada como prática esportiva pelo Conselho Nacional de Desportos apenas em 1972.
Em 1973, Mestre Bimba deixou a Bahia rumo a Goiânia, onde faleceu no dia 5 de fevereiro de 1974, aos 73 anos.
Maria Campos Batista (Dona Santa)
Maria Campos Batista, conhecida como Dona Santa, tinha um objetivo na vida: encontrar seu filho, Marcos Antônio Dias Batista, vivo ou morto. Ela frequentou delegacias, quartéis, presídios e hospitais em todo o Brasil. Em sua residência, no centro de Goiânia, a porta da sala estava sempre aberta, esperando a volta do filho.
Marcos Antônio Dias Batista, com apenas 14 anos, desapareceu em maio de 1970. Ele participava de movimento estudantil e saiu de casa para se engajar na luta armada contra a ditadura militar. Durante 25 anos, sua mãe, Maria Campos Batista, o procurou. Só em 1995 o Estado reconheceu Marco Antônio como um dos desaparecidos, vítimas de ações repressivas do regime. Os restos mortais do jovem nunca foram localizados, mas, com o reconhecimento, foi expedida certidão de óbito.
Maria Campos Batista morreu no dia 15 de fevereiro de 2006, em um acidente automobilístico, aos 78 anos.
Mestre Hélio Gracie
Hélio Gracie nasceu em Belém, Pará, no dia 01 de outubro de 1913, filho do empresário Gastão e Cesalina Gracie. Aos Com 14 anos, Hélio foi morar no Rio de Janeiro e passou a acompanhar as aulas ministradas por seu irmão, que o ajudou a aprimorar a parte de solo. Em 1932 Hélio iniciou sua carreira profissional e desafiou publicamente os maiores praticantes de artes marciais do Brasil.
Em 1950, o peso-pena Hélio desafiou o campeão japonês de judô e faixa preta Masahiko Kimura, que aceitou o desafio, mas colocou a condição de que primeiro queria ver Hélio vencer Yukio Kato, seu colega bem mais leve.
A disputa entre Hélio e Kato ocorreu no estádio do Maracanã, no Rio, em setembro de 1951 e terminou empatada. Hélio pediu uma segunda luta, que foi realizada no estádio do Pacaembu, São Paulo, no dia 29 do mesmo mês. Hélio ganhou a luta estrangulando Kato.
O duelo entre Hélio Gracie e Masahiko Kimura foi marcado para o dia 23 de outubro de 1951 no estádio do Maracanã. O japonês era o então campeão mundial de judô na categoria dos médios. Hélio, que estava invicto, perdeu a luta.
Aos 43 anos, Hélio e Waldemar Santana, um ex-aluno, bateram o recorde mundial do mais longo combate de vale-tudo da história, que durou 3 horas e 40 minutos, sem intervalos. Hélio Gracie conquistou aclamação internacional por sua dedicação e divulgação da sua arte, a Gracie Jiu-jitsu ou Brazilian Jiu-jitsu.
Hélio Gracie faleceu em Petrópolis, Rio de Janeiro, no dia 29 de janeiro de 2009, aos 95 anos.
Musicista Belkiss Spenzieri
Belkiss Spenciére Carneiro de Mendonça nasceu na Cidade de Goiás, em 15 de fevereiro de 1928. Em aulas particulares de piano com tutoria de sua avó, Maria Angélica da Costa Brand, Belkiss começou o curso de Música pela Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil, fomando-se no Curso de Piano.
Em 9 de novembro de 1970, reconhecida como escritora, musicista e pianista, Belkiss ingressou na Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás (AFLAG). Foi cofundadora do Conservatório Goiano de Música, atual Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás.
Ao receber o título de Doutora em Música, Belkiss Spenciére desenvolveu pesquisas sobre a Pedagogia do Piano; ministrou diferentes cursos de Extensão sobre Técnica Pianística e o Curso de Especialização Novas bases da técnica pianística; idealizou, promoveu e dirigiu concursos nacionais de música e, como presidente da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, promoveu o “Encontro Nacional de Compositores – Goiânia 97”. Seus estudos e pesquisas foram difundidos através de workshops, gravações, master classes e palestras.
Belkiss Spenciére Carneiro de Mendonça faleceu no dia 17 de novembro de 2005.
Odília de Brito
Odília Mendes de Brito foi pioneira na educação pública de Goiânia, quando, ainda em salas disponibilizadas no Palácio das Esmeraldas, foi nomeada a primeira professora da nova capital, por seu fundador, o governador Pedro Ludovico Teixeira. Odília abriu as portas do conhecimento para a primeira geração de crianças goianienses, sendo reconhecida com homenagens diversas, entre elas, a nomeação de uma escola municipal no Setor Novo Planalto.
Odilon Soares
Odilon José Soares nasceu em Ipameri, Goiás, no dia 7 de maio de 1927, filho do pedreiro Francisco José Soares e da costureira Augusta Maria. Ele começou a trabalhar aos 6 anos de idade em sua cidade natal, engraxando sapatos para ajudar a mãe a pagar uma máquina de costura que ela havia comprado.
Ainda criança, Odilon Soares entregava correspondências para a empresa Luz & Força na sua cidade. Aos 9 anos já era responsável pelo almoxarifado da fábrica de calçados Santa Cruz, de Ipameri. Aos 13 foi admitido no Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais. Em 15 anos de serviços prestados àquela instituição financeira, começou como contínuo e saiu como gerente.
Quando chegou a Goiânia, foi feirante; corretor de imóveis; cerealista e dono da rede de lojas Irmãos Soares, presente nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e no Distrito Federal, empresa geradora de aproximadamente 800 empregos diretos tantos outros indiretos.
A história da Irmãos Soares começou em 27 de dezembro de 1966, quando os irmãos Odilon e Elon adquiriram a Ferragista São Thomé. No ano seguinte nascia a Irmãos Soares e um dos maiores sucessos do mercado de construção.
Apaixonado pelo Atlético Clube Goianiense, em 1984 assumiu a presidência do time, colocando as contas em dia e tornando-o campeão em 1985. Ele incentivou a criação da equipe de futebol feminino que o Atlético possuía, campeã naquele ano.
Odilon José Soares faleceu no dia 14 de janeiro de 2011.
Otávio Lage de Siqueira
Otávio Lage de Siqueira nasceu em Buriti Alegre, Goiás, no dia 28 de dezembro de 1924, filho de Jalles Machado de Siqueira e de Beatriz Lage de Siqueira. Em 1948, formou-se em Engenharia Civil, pela Escola Politécnica de São Paulo.
Otávio Lage ingressou na vida política no município de Goianésia, do qual foi prefeito de 1962 a 1965 e foi governador do Estado de Goiás de 31 janeiro de 1966 a 15 de março de 1971.
Otávio Lage destacou-se como um dos maiores empresários de Goiás, com seus investimentos no setor agropecuário. Quando foi para Goianésia plantou extensas lavouras de soja, café, cana-de-açucar, seringueira e tomate e foi um dos pioneiros na geração de energia elétrica com o aproveitamento do bagaço de cana, oriundo da usina de álcool e açúcar de sua propriedade.
Otávio Lage de Siqueira morreu, vítima de acidente automobilístico, no dia 14 de julho de 2006.
Padre Pelágio Sauter
Pelágio Sauter nasceu no dia 9 de setembro de 1878, na aldeia de Hausen am Thann (Alemanha), filho de Matias Sauter e Maria Neher. Em 1892, Pelágio recebeu os sacramentos da Primeira Eucaristia e Crisma. Trabalhou dois anos como aprendiz de serralheiro numa cidade vizinha. Em 1894, ingressou no Seminário Redentorista e, em 1907, foi ordenado padre, quando convidado e aceitou vir para Brasil. Em 1909, Padre Pelágio desembarcou no Rio de Janeiro, com mais quatro confrades, e nunca mais voltou à Alemanha.
Em 52 anos de sacerdócio, cerca de 5 anos foram em algumas paróquias de São Paulo, e os outros 47 em Goiás. Seu apostolado predileto foram as "desobrigas" no sertão goiano, que percorreu por centenas de comunidades, quase sempre a cavalo.
O Município de Trindade, famoso Santuário de Goiás, foi onde Padre Pelágio mais trabalhou. Os romeiros que vinham à festa do Divino Pai Eterno e não voltavam sem pedir as bênçãos dele.
Padre Pelágio Sauter faleceu no dia 23 de novembro de 1961, em Goiânia, e é tido como um apóstolo brasileiro.
Pastor Jorge Branco de Gouveia
Jorge Branco de Gouveia nasceu em Itapirapuã, Goiás, no dia 24 de maio de 1939, filho de José Branco de Gouveia e Benedita Lobo de Gouveia. Oriundo de família humilde, viveu a infância e a juventude na sua cidade natal. Ainda jovem, mudou-se para Goiânia, para lutar por sua sobrevivência, exercendo diversas atividades profissionais.
Iniciou seu ministério na Primeira Igreja Assembleia de Deus, trabalhando como porteiro. Em 1963, tornou-se evangelista e assumiu seu ministério na presidência da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, em Goiatuba e implantou igrejas em várias cidades do estado.
Em 11 de dezembro de 1975, o pastor Jorge Gouveia tomou posse como presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério Vila Nova, com sede em Goiânia, que contava com cinco congregações. Ao se jubilar, em 11 de novembro de 2011, a igreja estava presente em 38 municípios de cinco estados, somando um total de 174 igrejas.
Jorge Branco de Gouveia faleceu no dia 17 de setembro de 2020, em Goiânia.
Paulo Freire
Paulo Reglus Neves Freire, nasceu em Recife/PE, em 19 de setembro de 1921, filho de Joaquim Temístocles Freire e Edeltrudes Neves Freire. Ele cursou o ginásio no Colégio 14 de Julho e também no Colégio Oswaldo Cruz, onde trabalhou como auxiliar de disciplina. Aos 22 anos, entrou para a Faculdade de Direito do Recife e, durante a graduação, foi professor de Língua Portuguesa no Colégio Oswaldo Cruz. Depois de diplomado, deu aulas de Filosofia na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco.
Paulo Freire casou-se com Elza Maia Costa de Oliveira, em 1944, com quem viveu por 42 anos, e tiveram cinco filhos. Em 1958, Paulo Freire apresentou as bases teóricas de seu sistema de alfabetização de adultos no II Congresso Nacional de Educação de Adultos, no Rio de Janeiro/RJ. No ano seguinte, submeteu uma tese de concurso para a cadeira de Filosofia da Educação na Escola de Belas-Artes de Pernambuco. Foi a primeira elaboração sistemática de seu pensamento.
A experiência mais conhecida de Paulo Freire aconteceu em 1963, em Angicos/RN, quando cerca de 300 trabalhadores, após 40 horas de estudo, foram alfabetizados. Ainda em 1963, após o experimento de Angicos, o então ministro da Educação, Darcy Ribeiro, recomendou a Paulo Freire que concebesse um programa nacional de alfabetização. O Programa Nacional de Alfabetização foi publicado oficialmente em janeiro de 1964. Uma das metas era alfabetizar 1,8 milhão de pessoas, no primeiro ano, com o “Sistema Paulo Freire”.
Com o golpe civil-militar de 1964, Paulo Freire foi preso e levado para Olinda/PE. Passou 70 dias detido em um quartel, acusado de “subversivo e ignorante”. Quando foi liberto, foi para o exílio na Bolívia e depois no Chile, onde escreveu sua obra mais conhecida “Pedagogia do Oprimido” (1968), que só foi editada no Brasil em 1984.
Paulo Freire faleceu em 2 de maio de 1997, em São Paulo. Em 13 de abril de 2012, Paulo Freire foi reconhecido como Patrono da Educação Brasileira.
Pedro Ludovico Teixeira
Pedro Ludovico Teixeira, filho do médico João Teixeira Álvares e de Josefina Ludovico de Almeida, nasceu na Cidade de Goiás em 1891. Depois de terminar os estudos iniciais, foi morar no Rio de Janeiro e formou-se em Medicina. Atuou em Bela Vista e Rio Verde e, em 1918, casou com Gercina Borges Teixieira.
No cenário político, participou da Revolução de 1930 e, com a vitória do movimento, Pedro Ludovico assumiu o governo provisório e foi nomeado, em 21 de novembro, interventor federal em Goiás pelo então presidente da República Getúlio Vargas. Pedro nutria a ideia de transferir a capital do estado e, logo teve início, a partir de 1933, a construção de Goiânia, que foi inaugurada em 1937, mas antes, em 1935, foi eleito governador pela Assembleia Constituinte do Estado de Goiás. Com o início do Estado Novo, novamente, foi reconduzido ao governo estadual, como interventor. Foi substituído na interventoria, em 1945, com a queda do governo Vargas, mas foi eleito senador pelo PSD, participando da Assembleia Constituinte de 1946.
Pedro Ludovico Teixeira foi eleito governador, nas eleições de 3 de outubro de 1950, Empossado em 1951, seu governo durou apenas três anos, pois, renunciou ao mandato para concorrer ao cargo de senador nas eleições de 1954. Em 1962, foi reeleito, permanecendo no Senado da República até o mês de outubro de 1969, quando a Junta Militar cassou o seu mandato, em consequência do Ato Institucional nº 5, conhecido como AI-5.
Pedro Ludovico Teixeira faleceu em Goiânia, no dia 16 de agosto de 1979, aos 88 anos de idade.
Pontes de Miranda
Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda nasceu no dia 23 de abril de 1892, em Maceió, Alagoas. Estudou Direito na Faculdade do Recife, onde se bacharelou em 1911, com 19 anos. Estreou aos 20 anos com o ensaio filosófico “A moral do futuro”, prefaciado por José Veríssimo. A partir dessa época não cessou de escrever obras que abrangem os campos de Sociologia, Filosofia, Matemática e, acima de tudo, do Direito.
Pontes de Miranda foi professor da Universidade Nacional, da Universidade do Recife, dentre outras. Conferencista e membro de várias instituições culturais, desempenhou numerosas missões diplomáticas e foi Desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal até 1939, quando foi transferido para a carreira diplomática, na qualidade de embaixador na Colômbia.
Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda faleceu no dia 22 de dezembro de 1979, no Rio de Janeiro.
Prefeito Nion Albernaz
Nion Albernaz nasceu na cidade de Goiás, antiga Vila Boa, no dia 15 de abril de 1930, filho de Nicanor Garcez Albernaz e Ondina de Bastos Albernaz. Graduou-se em Economia pela Universidade Federal de Goiás em 1954 e em Engenharia Civil pela Universidade Católica de Goiás em 1959. Em 1956, foi eleito vereador em Goiânia pelo PSD. Posteriormente, foi diretor-geral da Universidade Federal de Goiás (UFG) de 1963 a 1966.
Nion Albernaz foi vereador por Goiânia de 1957 a 1962 e presidente da Câmara Municipal entre 1957 e 1958; professor de matemática no Colégio Liceu de Goiânia e secretário municipal de Fazenda de Goiânia na gestão de Iris Rezende (1966-1968), além de presidir a Companhia de Habitação de Goiás no governo de Otávio Lage.
Após o estabelecimento do bipartidarismo, ingressou no PMDB e retornou à Secretaria de Fazenda do município em 1979. Com a eleição de Iris Resende como governador em 1982, foi nomeado prefeito da capital, exercendo o cargo de 1983 a 1986.
Em 1986, foi eleito deputado federal pelo PMDB, participando da elaboração da Constituição Federal promulgada em outubro de 1988. Posteriormente, venceu duas eleições para prefeito de Goiânia, pelo PSDB, em 1989 e 1997. Em sua terceira gestão como prefeito, optou por não buscar a reeleição.
Nion Albernaz faleceu no dia 6 de setembro de 2017, aos 87 anos, em Goiânia.
Professor Colemar Natal e Silva
Colemar Natal e Silva nasceu em São José do Tocantins (atual Niquelândia), no dia 24 de agosto de 1907. Filho de Eurídice Natal e Silva e Marcelo Francisco da Silva, estudou com sua mãe os primeiros anos, na Cidade de Goiás, e depois no Lyceu de Goiás, terminando o curso superior na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.
Em 1930, retornou à então capital do Estado de Goiás, para dedicar-se à advocacia e ao magistério, lecionando História do Brasil e da Civilização, na Escola Normal; Sociologia no Lyceu de Goiás e Introdução à Ciência do Direito, na Faculdade de Direito de Goiás.
Escolhido por Pedro Ludovico Teixeira, Colemar Natal e Silva foi secretário da comissão que escolheu o local para a construção da futura nova capital, Goiânia. Ele foi fundador da Academia Goiana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, do Instituto dos Advogados de Goiás (pertenceu a todas as entidades fundadas) e da Universidade Federal de Goiás, da qual foi o primeiro reitor. Ele nomeia a primeira instalação definitiva da UFG, o Campus Colemar Natal e Silva, no Setor Leste Universitário.
Colemar Natal e Silva morreu no dia 23 de fevereiro de 1996, aos 88 anos, em Goiânia.
Regina Pimenta Peixoto
Regina Pimenta Peixoto Moura nasceu em Nova Aurora, Goiás, em 26 de julho de 1953. Era pastora e empresária, sendo uma das pioneiras no comércio da Região da 44, em Goiânia.
No serviço religioso, dedicou-se à assistência social, destinando parte de sua renda para auxiliar comunidades carentes e mais de dez igrejas.
Casada com o empresário e vereador Sebastião Peixoto, Regina teve três filhos. Na vida empresarial, era reconhecida pela sua competência e liderança, inspirando as pessoas com sua humildade, empatia e solidariedade.
A contribuição de Regina foi marcante, especialmente no que se refere à geração de empregos e renda, desempenhada de forma notável, pois, sua trajetória é também caracterizada por seu engajamento social, sendo um modelo de ética, perseverança e responsabilidade.
Regina Pimenta Peixoto faleceu no dia 29 de abril de 2020.
Robinho Martins Azevedo
Robinho Martins de Azevedo nasceu em 22 de junho de 1951, na cidade de Tiros, Minas Gerais, onde passou sua infância. Filho de José Martins de Azevedo e Maria da Unidade Martins, desde cedo conheceu a vida simples e o trabalho.
Durante sua trajetória profissional, atuou em diversas áreas: foi servente, trabalhou com extração de minério (garimpeiro) e também exerceu a função de operador na área técnica de televisão.
Em meados de 1978, envolveu-se com o Movimento Sem Terra, colaborando para a formação do que mais tarde se tornaria o bairro Jardim Nova Esperança, local onde viveu até o seu falecimento.
No dia 18 de maio de 1980, casou-se com Geralda Maria Santa Bárbara, com quem construiu sua família e teve três filhos: Ana Paula Jardim, Antônio Santa Bárbara Azevedo e Angélica Azevedo Jardim.
Sempre em busca de conhecimento, estudou na Universidade Federal de Goiás, no curso de Engenharia Agronômica. Mais tarde, em 1993, trabalhou na Superintendência de Parques e Jardins, durante o mandato do prefeito Darci Accorsi.
Sua vida foi interrompida tragicamente em 11 de outubro de 1994, quando ele foi atingido por uma bala perdida.
Rômulo Gonçalves
Rômulo Gonçalves nasceu em Catalão, Goiás, no dia 25 de julho de 1918, onde iniciou seus estudos primários em 1927 e concluiu em Araguari/MG em 1931. Com a transferência de um parente seu, com quem ele residia, para ser Agente da estação de Bonfim, atual Silvânia, ele ingressou no curso ginasial do Colégio Anchieta e também fez o preparatório ao curso superior.
Concluído o curso ginasial, em novembro de 1937, Rômulo foi convidado, em março de 1938, para ocupar o cargo de Secretário da Prefeitura de Bonfim e também para lecionar Português no Colégio Anchieta. Posteriormente, em junho de 1939, ele foi nomeado Secretário da Prefeitura de Catalão e passou a dar aulas no Colégio Nossa Senhora Mãe de Deus, das Agostinianas.
Em dezembro de 1939, Rômulo Gonçalves casou-se com Maria Crispim Gonçalves, com quem teve cinco filhos. Em 1943, transferiu para Goiânia, para ingressar na Faculdade de Direito de Goiás, obtendo nomeação para o cargo de Professor do Liceu de Goiás. Em 1951, o então prefeito da capital o nomeou para o cargo de Consultor Jurídico do Município, função que exerceu até sua aposentadoria.
Com a ditadura militar no comando do Brasil, revoltou-se com as prisões arbitrárias e ações criminais contra supostos subversivos, na 4º Auditoria Militar, com sede, então, em Juiz de Fora/MG. Como presidente da OAB/GO, Rômulo defendeu seus colegas acusados injustamente pela Justiça Militar, enviando mensagens ao Presidente da República, aos Ministros da Justiça e da Guerra, ao Conselho Federal da OAB e a todas seccionais estaduais da Ordem, denunciando as arbitrariedades que se perpetravam em Goiás, com afronta aos direitos humanos. Rômulo Gonçalves faleceu em 2008, aos 90 anos de idade.
Senador Emival Ramos Caiado
Emival Ramos Caiado nasceu na Cidade de Goiás, no dia 4 de maio de 1918, filho de Antônio Ramos Caiado (deputado federal e senador por Goiás) e Maria de Amorim Caiado. Emival conclui o curso secundário no Lyceu de Goiiás e, Em 1942, formou-se em Direito pela Universidade Federal Fluminense. Ele viveu entre o Rio de Janeiro e São Paulo antes de ingressar na UDN nos estertores do Estado Novo, presidindo o diretório municipal do partido em Anápolis, Goiás.
Emival Caiado foi eleito deputado estadual em 1950 e deputado federal em 1954, 1958 e 1962, foi autor da lei que fixou o dia 21 de abril de 1960 como a data de mudança da capital da República do Rio de Janeiro para Brasília.
Com a implantação do Regime Militar de 1964, foi reeleito deputado federal pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional), em 1966, e conquistou o mandato de senador em 1970. Porém, a negativa de apoio para que disputasse a reeleição em 10 de junho de 1974, o afastou da vida política.
Emival Ramos Caiado morreu no dia 7 de agosto de 2004, em Goiânia.
Senador Pastor Albino Gonçalves Boaventura
Albino Gonçalves Boaventura nasceu no dia 13 de novembro de 1922, em Carmo do Paranaíba, Minas Gerais, mudou-se para Goiás adolescente, em 1940, e morou na Fazenda Sozinha, na zona rural de Anápolis, época em que se converteu, em 1942, à igreja Assembleia de Deus e dirigiu cultos em Anápolis e também em Goianápolis, Petrolina, Ceres, Rubiataba e Goianésia.
No começo da década de 1950, o pastor Albino desenvolveu sua vocação ministerial no município de Uruana, tendo sido eleito vereador e presidente da Câmara Municipal. Em 1958, assumiu a Presidência Assembleia de Deus do Campo de Campinas (Ministério Madureira), em Goiânia e seu trabalho proporcionou a expansão da congregação para vários bairros de Goiânia e cidades do interior de Goiás.
Na sua profícua gestão, foi construído e inaugurado o Templo da Catedral das Assembleias de Deus, Campo de Campinas. Em 1990, o pastor Albino Boaventura foi eleito suplente de senador e chegou a assumir o mandato por um período.
O pastor Albino Boaventura foi presidente da Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Estado de Goiás e vice-presidente da Convenção Nacional das Assembleias de Deus – Ministério Madureira e também a presidência do Ministério de Campinas e da Faculdade Teológica Boaventura (FaTeB).
O pastor Albino Gonçalves Boaventura faleceu no dia 21 de agosto de 2002.
Sônia Guimarães
Sônia Guimarães, nasceu em Brotas, São Paulo, no dia 26 de junho de 1957. Nos estudos, sempre foi a segunda da classe em todas as matérias e era uma apaixonada por Matemática, Física e Química.
Em 1974, concluiu o colegial e, então, ingressou no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde fez o curso técnico em edificações. Em 1976, ela cursou Licenciatura em Ciências, na Universidade Federal de São Carlos, que concluiu em 1979, tornando-se a primeira pessoa da sua família a obter um curso superior.
Sônia finalizou o mestrado em Física Aplicada, em 1983, pelo Instituto de Física e Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP) e, em 1989, tornou-se a primeira mulher negra no Brasil a obter um doutorado em física.
Após concluir sua graduação, Sônia Guimarães mudou-se para a Itália, onde foi admitida na Universidade de Bolonha e trabalhou em microeletrônica. Em 1986, ela mudou-se para o Reino Unido e ingressou no Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade de Manchester como doutoranda.
Em 1993, tornou-se professora de Física no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Atualmente, é funcionária do Ministério da Defesa do Brasil, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), como professora-adjunta do ITA.
Sulivan Silvestre de Oliveira
Sulivan Silvestre de Oliveira nasceu no município de Paranavaí, no estado do Paraná, em 15 de Janeiro de 1963. Os pais dele mudaram-se para Goiânia quando ele tinha 15 anos. Logo, ele ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Goiás (atual PUC/GO), aos 17 anos e, com 20 anos, já era bacharel em Direito. Logo depois de formado, passou no concurso para promotor, sendo considerado o promotor mais jovem do Brasil.
Sulivan foi o primeiro promotor a dedicar-se ao tema do meio ambiente. Foi coordenador do núcleo de defesa do Meio Ambiente da Procuradoria-Geral da Justiça (MP/GO); membro do Conselho Municipal do Meio Ambiente; autor de Teses Jurídicas sobre crime contra a fauna, competências da Justiça Estadual e autonomia dos órgãos de Perícia Médico-Legais e Criminais.
Sulivan Silvestre de Oliveira, recebeu o convite o convite para ser presidente da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), em 1997 e faleceu no dia 1º de fevereiro de 1999, num acidente aéreo em Goiânia.
Talma Alvim
Talma Silma Alvim Souza foi a primeira mulher a ocupar a presidência da Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (ADFEGO), entidade que tanto apoiou desde a sua fundação, tornando-se uma referência nacional na luta pela inclusão.
Talma era presidente da ADFEGO na ocasião de seu falecimento, aos 39 anos, em 1988, no Rio de Janeiro, ao ser atingida acidentalmente por uma arma de fogo durante o encerramento do 4º Congresso Latinoamericano de Lideranças Deficientes.
Venerando de Freitas Borges
Venerando de Freitas Borges nasceu em Anápolis, Goiás, no dia 22 de julho de 1907. Ele iniciou seus estudos num Seminário, quando Campinas ainda era um município, posteriormente, foi morar em São Paulo, onde fez curso de Contabilidade e, depois de formado, mudou-se para a Cidade de Goiás, onde foi professor. Em 1930, iniciou sua carreira no jornalismo, produzindo crônicas e artigos para vários jornais.
Venerando foi nomeado, em 1935, primeiro prefeito de Goiânia, pelo governador interventor Pedro Ludovico Teixeira e foi eleito em 1937 pelo voto direto em 1951. Foi também secretário da Fazenda, deputado estadual por duas legislaturas. Nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em 1963, ocupou a presidência da Corte em 1967, ano de sua aposentadoria.
Apesar da grande atividade política, Venerando apitava os principais jogos da capital, no final da década de 30, antes da profissionalização da função de árbitro de futebol.
Venerando de Freitas Borges, faleceu no dia 16 de janeiro de 1994 e foi sepultado no Cemitério Santana.
Wanderley Magalhães Azevedo
Wanderley Magalhães Azevedo nasceu em Goiânia, no dia 8 de outubro de 1966, filho de Ancelmo Fernandes Azevedo e Maria das Graças Magalhães Azevedo. Em 1980, começou a competir pelo clube da família e, com apenas 16 anos, surpreendeu o mundo do ciclismo, sendo campeão do Rutas de América, prova de 12 dias disputada no Uruguai.
Wanderley Magalhães Pedalou, em 15 anos, mais 400 mil km, participando das mais tradicionais provas do mundo – A Volta da França; de duas Olimpíadas (Seul/1988 e Barcelona/1992); 11 Campeonatos Mundiais; Jogos Pan-americanos e Sul Americanos, além de obter vitórias nas principais provas da América do Sul. No Brasil foi campeão diversas vezes, em nível local e nacional, e tricampeão da tradicional prova de “9 de julho”.
Após encerrar a carreira de atleta, Wanderley foi publicitário e promotor de eventos esportivos, realizando, desde 1995, grandes eventos no estado de Goiás, como: Desafio Internacional de Ciclismo, Volta Ciclística de Goiás e Taça Wanderley Magalhães de Bairros.
Wanderley Magalhães Azevedo morreu no dia 28 de março de 2066, em Goiânia, aos 39 anos.
Wilmar Alves
Wilmar Alves, foi casado com a escritora Laurenice Noleto. Jornalista e ativista em Goiás, atuando como diretor da Rádio Universitária da Universidade Federal de Goiás e presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Goiás. Wilmar Alves também foi diretor da Federação Nacional dos Jornalistas.
Wilmar Alves foi preso e considerado desaparecido político pela ditadura militar, ele foi acusado de subversão, por sua importante luta pela volta da democracia no Brasil e faleceu, supostamente, no dia 20 de junho de 2006.
Zilda Arns Neumann
Zilda Arns Neumann nasceu em Forquilhinha, Santa Catarina, no dia 25 de agosto de 1934, filha de Gabriel Arns e Helena Steinar Arns, descendentes de alemães, era irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo.
Enfrentando a resistência paterna, estudou medicina na Universidade Federal do Paraná e especializou-se em pediatria, saúde pública e sanitária. Começou sua vida profissional no Hospital Pediátrico em Curitiba.
Com 21 anos, Zilda casou-se com o marceneiro Aloysio Neumann, com quem teve seis filhos e ficou viúva em 1978. Em 1983, por sugestão de Dom Paulo, Zilda e Dom Geraldo Majella, arcebispo de Salvador, formularam um plano para diminuir a mortalidade infantil com o uso do soro caseiro: estava criada a Pastoral da Criança.
Zilda Arns esteve à frente da Pastoral ao longo de 25 anos. O trabalho foi fundamental para reduzir a mortalidade infantil, levando-a a receber a indicação ao "Prêmio Nobel da Paz de 2006".
Em outubro de 2009 esteve no Timor-Leste, onde a Pastoral auxiliava mais de 6 mil crianças. Em janeiro de 2010 saiu de Curitiba e partiu para Miami, de onde partiu para Porto Príncipe, no Haiti, para uma palestra sobre seu trabalho na Pastoral para um grupo de religiosos haitianos.
No dia 12 de janeiro, quando terminou a palestra, ela permaneceu no prédio paroquial da Igreja Sacré Coeur respondendo algumas perguntas dos religiosos, foi nesse momento que aconteceu o terremoto que destroçou Porto Príncipe e Zilda Arns foi atingida pelos escombros e morreu, junto com outros religiosos que estavam na sala.













