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Secretário municipal de Saúde Durval Pedroso presta contas do segundo quadrimestre de 2021

por Guilherme Machado publicado 15/12/2021 20h55, última modificação 16/12/2021 10h06
Secretário municipal de Saúde Durval Pedroso presta contas do segundo quadrimestre de 2021

Foto: Francisco Carvalho

O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, prestou contas referente ao segundo quadrimestre de 2021 na tarde desta quarta-feira (15) durante uma audiência pública da Comissão de Saúde e Assistência Social no plenário da Câmara.

Durval afirmou que, de janeiro a agosto desse ano, a Prefeitura aplicou 19,46% dos recursos próprios na saúde. Ele lembrou que o percentual é acima do mínimo estabelecido em Lei Federal (LC 141/2012), que determina a aplicação de no mínimo 15%. No mesmo período, foram feitos 296.971 procedimentos de urgência, ao custo total de R$ 201,5 milhões e 11,5 milhões de procedimento de média e alta complexidade, totalizando R$ 389 milhões. 

Este ano, a Prefeitura entregou duas novas Unidades de Saúde da Família (USF) na região noroeste, Alto do Vale e São Carlos, e deverá entregar até fevereiro do ano que vem mais uma terceira USF no Conjunto Riviera. O secretário anunciou que no ano que vem serão construídas mais Unidades Básicas de Saúde (UBS) Porte 3. Os locais, segundo ele, serão anunciados em breve. As novas unidades deverão abrigar no mínimo três equipes de atenção básica, ter de 13 a 20 leitos de observação e capacidade de atender até 450 pacientes por dia. 

O secretário destacou que Goiânia, de forma pioneira, inaugurou este ano um centro integrado de subespecialidades pediátricas. “Hoje o usuário do SUS em Goiânia tem acesso a especialidades como nefropediatra, neuropediatra e cardiopediatra na unidade Domingos Vigiano, no Jardim América”, disse ele completando que a medida faz parte do fortalecimento da atenção primária à saúde. “Precisamos fortalecer a atenção primária porque ela é a porta de entrada do usuário do SUS. Fazemos isso com diagnósticos rápidos, atuação ambulatorial, atenção preventiva, atendimentos odontológicos, acompanhamento do desenvolvimento infantil, entre outros.” 

Quanto às ações de combate à Covid-19, Durval destacou que o município aplicou mais de 2,2 milhões de doses e está próximo de alcançar 70% de toda a população vacinada com duas doses. Numa ação para vacinar pessoas com a segunda dose atrasada, ou que já podem tomar a dose de reforço, ou que sequer tomaram a primeira dose, a Prefeitura está com vans de vacinação circulando por locais públicos diferentes a cada dia e já aplicou mais de 7 mil doses. 

A Prefeitura continua a testagem para a Covid-19, com um ponto de atendimento no aeroporto para monitorar quem chega à cidade e postos itinerantes para avaliar a transmissão em cada região. O secretário afirmou ainda que são feitos sequenciamentos genéticos do vírus continuamente. 

Sob comando da audiência, o presidente da Comissão de Saúde, Mauro Rubem (PT), criticou a falta de 48% dos medicamentos e insumos essenciais nas unidades de saúde, segundo levantamento feito pelo vereador. Reclamou também da falta de concurso público, fazendo com que nem metade (46%) do quantitativo total de funcionários seja de efetivos, e cobrou a inclusão dos agentes de saúde comunitários no plano de carreiras dos demais servidores da pasta. 

Já Raphael da Saúde (DC) pediu o retorno das “motolâncias”, serviço criado em 2010 como parte do Samu, mas que foi desativado em 2015 por ter sido desqualificado pelo Ministério da Saúde, perdendo, dessa forma, o recurso federal para funcionar. “O serviço de ambulância por moto dá agilidade no atendimento de emergência, em vista do trânsito complicado que temos em Goiânia”, explicou o vereador. 

Durval respondeu Mauro Rubem quanto à falta de medicamentos e insumos culpando o processo burocrático de compra em que, muitas vezes, o fornecedor que venceu o processo não entrega no prazo, fazendo com que o segundo colocado ganhe mais dias para atender, o que atrasa ainda mais a entrega. O vereador sugeriu adotar a desvinculação de recursos e propôs apresentar um projeto de lei nos moldes de como é feito esse processo no governo do Distrito Federal. 

Quanto às motolâncias, o secretário garantiu que em breve elas estarão novamente em circulação. “Achamos um recurso que ficou perdido e estamos correndo atrás dele. Portanto, em breve, o serviço de motolância deverá estar reativado em Goiânia.” 

Ao secretário foi apresentado um vídeo em que uma mãe denunciava que o Cais de Campinas, unidade de saúde que faz atendimento pediátrico, estava lotado e com tempo de espera muito grande. Durval respondeu mostrando que existem três unidades de atendimento pediátrico de urgência e outras 22 unidades que oferecem 8.300 vagas de atendimento clínico. “Essas vagas não são totalmente preenchidas por falta de orientação dos pais e responsáveis. Muitos atendimentos nas unidades de emergência deveriam ter sido feitos por meio de consultas regulares, pois não tinham urgência. Precisamos melhorar nosso trabalho na atenção primária.” 

A audiência foi acompanhada por vários vereadores. Entre os integrantes da Comissão, participaram o vice-presidente Pastor Wilson, Anderson Sales – Bokão (DEM), Edgard Duarte (PMB) e Geverson Abel (Avante). Outros vereadores que compareceram foram Clécio Alves (MDB), Doutor Gian (MDB), Leandro Sena (Republicanos) e Santana Gomes (PRTB).