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Audiência debate processos de conservação de corpos de Goiânia

por Michelle Lemes publicado 28/05/2018 17h35, última modificação 29/05/2018 12h13

Durante audiência pública realizada nesta segunda-feira, 28, na Câmara Municipal de Goiânia, foi discutido o processo de preparação dos corpos por funerárias na capital. Sob a presidência da vereadora Sabrina Garcez (PTB), o debate contou com a participação de integrantes da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), da Vigilância Sanitária, da Saneago, da Paz Universal e da Clínica Oeste.

Durante a reunião, esclareceu-se que as empresas funerárias precisam do licenciamento ambiental da AMMA, que só é concedido após a autorização da Saneago, que vistoria o pré-tratamento realizado nos resíduos gerados durante o processo para lançamento nos esgotos municipais. A AMMA exige das funerárias um relatório de gerenciamento de resíduos a cada dois anos.

A autorização junto à Vigilância Sanitária, por sua vez, deve ser anual e, segundo o gerente de fiscalização e projetos da Vigilância Sanitária, Dagoberto Costa, a entidade vistoria a clínica, os procedimentos realizados, o material utilizado e o responsável técnico. Vereadora Sabrina Garcez percebeu a necessidade de apresentar matérias legislativas sobre o assunto no município, pela falta de normatizações.

O gerente de resíduos sólidos da AMMA, Geovane Toledo, esclareceu que a empresa deve fornecer um relatório detalhado de estudos ambientais descrevendo o que será feito com os dejetos gerados durante o processo de conservação dos corpos. Segundo ele, existe um tipo de destinação para cada tipo de resíduo infectante gerado. A técnica da Saneago, Maria Aparecida Marcorio Santana, esclareceu que quanto menos impacto de carga orgânica chegue para tratamento melhor. “9 das 10 clínicas funerárias de Goiânia já tem esse tratamento”, disse.

Foram apresentadas pelos proprietários de funerárias que existem várias técnicas para a conservação dos cadáveres, como a tanatopraxia, o embalsamamento e a formolização. A tanatopraxia, segundo os técnicos, é a mais moderna e utilizada em quase todos os países do mundo e requer menor quantidade formol.