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Andrey Azeredo fala à imprensa sobre a eleição da Nova Mesa Diretora

por marcos — publicado 04/12/2018 17h24, última modificação 04/12/2018 17h24

O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Andrey Azeredo (MDB), concedeu entrevista à imprensa na manhã desta terça-feira, 4, após a Sessão Especial no Plenário que elegeu, por 24 votos a 11, o vereador GCM Romário Policarpo (Pros) como presidente da Casa. A nova Mesa Diretora assumirá o comando do Legislativo goianiense em 1º de janeiro de 2019 para um mandato de dois anos (2019/2020). Conheça, na íntegra, a opinião de Andrey sobre os temas tratados:

Não se candidatar à reeleição

“Meu nome foi colocado neste momento por vários colegas, o que me deixou bastante feliz e grato pelo reconhecimento, mas tudo isso passa por uma construção de vários colegas, e, na hora de definição dessa chapa, que quis de fato marcar posição, o vereador Paulinho Graus (PDT) solicitou: “Eu gostaria de ter o nome como candidato a presidente”. E eu entendi o chamado dele porque é um vereador de vários mandatos, não tinha tido essa oportunidade e entendi como oportuno e justo, um reconhecimento ao trabalho que ele desempenhou nessa Casa, e assim o fizemos.”

Assumindo a cadeira de vereador

“Agora serei vereador de fato, é meu primeiro mandato, já assumi sendo presidente, agora vou trabalhar no Plenário com os outros colegas, mas com bancada, com um bloco. Nós constituímos um bloco com 11 parlamentares formalmente, é o maior bloco hoje dentro da Casa para que possamos, em conjunto, discutir políticas públicas que sejam proveitosas e tragam bons resultados pros goianienses.”

Gestão de uma Câmara independente

“Uma Casa que teve 6 ou 7 comissões especiais de inquérito (CEIs) em menos de dois anos, que garantiu total autonomia a todos os vereadores e gerou condições para todos buscarem diligências, trabalhos externos, como antes não havia sido feito, e valorizou, indistintamente, independentemente de partido ou posição política, vereadores da base, de situação ou de oposição, é totalmente independente. Essa gestão gerou oportunidades, deu voz a todos os parlamentares, e daqui saem, em menos de dois anos, cinco parlamentares eleitos. É a primeira vez na História que saem daqui um senador eleito, um deputado federal e quatro deputados estaduais, sendo a maioria vereadores de oposição. É claro que demos autonomia, independência e asseguramos isso. O posicionamento na disputa interna é natural, respeito o posicionamento de todos, embora não concorde. Autonomia se faz é com respeito aos Poderes e valorização, acima de tudo, das prerrogativas de cada vereador. Não é trabalhando para tentar subjugar qualquer que seja o outro Poder ou colocando o Executivo ou os demais Poderes numa situação de dificuldade. Temos que pensar é na população, e esse foi o meu intuito, tanto que garanti a todos os outros 34 parlamentares as melhores condições possíveis para que desempenhassem um bom trabalho.”

Grupos na Câmara

“Essa foi uma eleição para a Mesa, não houve composição formal de um grupo, a não ser a da nossa parte. Nós formalizamos um grupo constituído perante a Mesa de 11 vereadores. Já os demais são vereadores que, neste momento, tiveram afinidade, princípios e propósitos em comum e se uniram. Tiveram uma vitória muito bonita, maiúscula, que respeito e desejo a todos o maior êxito possível. O êxito da nova Mesa Diretora será o meu, o desta Casa, o de todos os parlamentares. Eu trabalho assim, desejando sempre o melhor para todos. Já parabenizei o presidente eleito e todos da nova Mesa Diretora. Conversei com o presidente, desejei sucesso, as bênçãos de Deus e que ele possa, sempre e quando desejar, conversar comigo. Ele já falou que quer conversar muito comigo e procurar orientações, o que demonstra a maturidade e o republicanismo dos vereadores desta Casa.”

Comissão de Transição

“Vamos aprender fazendo. Quem criou essa comissão só a criou para a transição, não falou como ela será. Eu já conversei com o vereador Romário Policarpo e vamos aprender fazendo.”

Bloco dos onze

“Nesta Casa se ocupa espaço de acordo com a representatividade. Temos um Parlamento muito fracionado, são 21 partidos em 35 cadeiras. E agora, no momento correto, apresentamos um bloco que possui 11 vereadores e essa proporcionalidade, de acordo com o regimento, deve ser observada na constituição das comissões. Assim nós garantimos, a princípio, uma participação maior do que se cada um de nós estivesse em condição individual ou dentro do próprio partido. Ganhamos força e é uma demonstração de posição. Estamos, a princípio, unidos com o propósito único de trabalhar em conjunto. Isso pode se consolidar nos próximos meses ou não, faz parte do processo.”

Busca de virtudes e soluções

“Não sei o que o grupo que ganhou a eleição para a Mesa Diretora define como independência, até porque essa Casa já é e sempre foi independente, nunca foi puxadinho de Executivo. Somos um Poder e assim me portei e assim me considero pertencente a um Poder. A definição cabe a eles que agora estão conceituando, não sei qual é o norte desse conceito deles. Nós, do grupo de 11, tivemos uma posição de acordo com o que foi dito nesse momento que antecedeu a eleição. Vários vereadores foram criticados pelo outro grupo, criticas não muito saudáveis, pessoais, diferentemente do nosso posicionamento. Ninguém viu nenhum vereador desses 11 falar de quem quer que seja, não procuramos defeitos, buscamos as virtudes de cada um. Aliás, esse é um dos intuitos que nos unem: buscar sempre as virtudes para a Casa. Os problemas devem ser apresentados e pontuados, com veemência e vigor, mas sempre buscando a solução. Não estamos aqui só para por o dedo na ferida e cutucar, estamos aqui para apresentar o remédio para a ferida.”

Opiniões e circunstâncias

“Neste momento houve grupos que se posicionaram de forma diferente, mas nada impede que amanhã possamos caminhar em conjunto. Naturalmente, esperar que um Parlamento que tem 35 cadeiras e 21 partidos esteja totalmente unido é uma utopia que pode até ser perseguida, mas não será conseguida e assim permanecerá. Saem vereadores, entram vereadores de outros partidos e me parece que agora vai aumentar a representatividade, passando de 21 para 22 partidos a partir de agora. Haverá momentos nos quais a maioria se consolidará e em outros será outra maioria, vai depender do projeto e das circunstâncias que envolvem a cidade e esta Casa.”

Momento de maturidade da Casa

“Nós assistimos hoje um momento de maturidade desta Casa. Dois grupos se apresentaram formalmente para uma disputa que foi, em Plenário, saudável e respeitosa. E sempre pensando, a meu ver, no melhor para a cidade. Venceu o grupo capitaneado pelo vereador Romário Policarpo, a quem desejo um comando exemplar e que dignifique cada vez mais esta Casa. Desejo que o Poder Legislativo, sob o comando dele, possa continuar gerando políticas publicas, em parceria com o Executivo, que tragam benefícios para toda a sociedade. Os Poderes são independentes e harmônicos, isso é um princípio constitucional e é sobre esse molde que me pautei: Poder independente e autônomo. Assim conduzi, garantindo as prerrogativas de todos os vereadores, da base e da oposição, gerando condições para o melhor trabalho de cada um. E assim farei como vereador. Temos que buscar resultados concretos para a Goiânia, foi sob essa orientação que me pautei.”

Discurso político e liberdade de expressão

“As composições desses dois grupos de hoje são heterogêneas, refletem uma questão interna da Casa e que é importante porque garante a cada um, de fato, a liberdade de expressão de posicionamento. A Mesa Diretora que ainda presido, o segundo vice-presidente dela foi eleito na atual chapa. O terceiro secretário da atual Mesa foi eleito primeiro secretário. Acredito que eles não aceitariam estar comigo não tendo sido autônomos. Vejo que alegar que não havia autonomia não é, de fato, uma motivação para a nova Mesa. Isso é um discurso mais político e de posicionamento num momento. Desde meu primeiro dia alguns me criticam por ter um vínculo com o prefeito, por ser do MDB, por ser leal aos meus posicionamentos e às pessoas que caminham politicamente comigo. Mas nunca fui submisso ou não dei autonomia a essa Casa. Ao contrário, garanto que não houve ninguém mais democrático do que eu na Presidência desta Casa. É só buscar na História. Gerei oportunidades para os parlamentares independentemente de posição político-partidária. A oposição sempre foi respeitada e valorizada porque essa é uma Casa plural e assim deve permanecer.”

 

Texto produzido pela assessora Polliana Martins

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